Qual o papel do digital na competitividade ​​​​​​​das organizações? 

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À medida que avançamos para a próxima fase do ciclo económico, as iniciativas digitais e de tecnologia continuam a ganhar importância e a serem cada vez mais críticas para apoiar as organizações a conquistarem resiliência e competitividade. Enquanto as organizações de todo o mundo lutam para navegar na atual tempestade perfeita com disrupções ao nível social, económico e geopolítico, os líderes de organizações Digital First estão mais bem preparados para enfrentar esta tempestade e saírem mais fortes do que nunca.

Neste contexto, aproveitar a tecnologia será essencial na jornada para criar valor e se tornar um negócio digital, reformulando as estruturas organizacionais, evoluindo as práticas operacionais e repensando os modelos de negócios.

E é isto que as empresas líderes estão a fazer. Mais concretamente, o valor dos investimentos e gastos com tecnologias digitais e serviços associados chegou quase a atingir os 2 biliões de euros, em 2022, um sinal claro de que estamos a entrar numa nova era: a Era dos Negócios Digitais!

Acredito que as organizações ainda vão transformar-se, mas a transformação não é mais o foco principal num mundo digital. Os decisores de topo reconhecem que, em determinado momento, as transformações devem ser substituídas por uma meta maior e mais significativa a longo prazo. Refiro-me aos negócios digitais, onde a criação de valor dos negócios é baseada na utilização de tecnologias digitais ao nível dos processos internos e externos. Mas não só, é importante construir valor também ao nível da relação com clientes, cidadãos, fornecedores e parceiros, e, até, na forma como as organizações atraem, gerem e retêm colaboradores, e, claro, como desenvolvem os seus produtos, serviços e experiências.

Embora esta seja uma tendência clara em todos os setores da economia, o valor e a característica da oferta serão específicos de cada setor, mas podemos observar três estágios distintos.

No estágio mais baixo de maturidade encontram-se as indústrias B2B, onde os produtos físicos e as cadeias de valor ainda estão na base da criação de receitas e as receitas digitais representam valores abaixo da média. No entanto, as expectativas são que, em função da conectividade dos ativos e da cadeia de valor, as receitas digitais cresçam de forma muito significativa nos próximos anos.

No estágio intermediário estão os setores B2B mais avançados, com foco na criação de canais diretos ao consumidor (por exemplo, serviços públicos, seguros e automóveis) e setores B2C menos maduros, como o setor público (por exemplo, Governo, Educação e Saúde). Essas organizações estão agora a criar canais digitais para interagir com clientes, cidadãos, estudantes ou pacientes e rapidamente irão passar para o estágio mais avançado.

O estágio mais avançado pertence aos setores mais focados em B2C, como os serviços financeiros, retalho e jogos, media, onde verificamos que em breve mais de 50% da receita será proveniente de serviços, produtos e experiências digitais.

Neste contexto, os novos modelos de negócios digitais são vitais para a resiliência e sustentabilidade das organizações no médio e longo prazo. Uma das principais características do negócio digital é a "criação de valor comercial quantificável diretamente ou possibilitada pelo digital". Associado a isso, o foco principal da maioria das organizações é gerar novos fluxos de receita a partir de investimentos e recursos digitais.

Em qual estágio está a sua organização?

Group Vice-President & Country Manager da IDC

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