Este esclarecimento surge no dia em que o semanário Sol noticiou que "a PSP comprou 14 mil algemas fabricadas por uma empresa chinesa, por um preço imbatível: 12 euros cada par, 168 mil euros no total", acrescentando que "o modelo escolhido oferece, porém, poucas garantias de segurança"..A Direcção Nacional da PSP esclarece, numa nota enviada à agência Lusa, que lançou em 2010 um concurso público "com vista a adquirir 14.000 algemas policiais, para suprir as necessidades existentes". Segundo a PSP, "os critérios de adjudicação são públicos, tendo o 'mais baixo preço' sido considerado como critério primordial, seguindo-se a garantia do fabricante e o prazo de entrega"..A PSP refere, também, que "na área da formação, e no âmbito do Curso de Técnicas de Intervenção Policial, têm sido ministradas anualmente mais de 16.000 horas de formação, com uma componente maioritariamente técnica onde se inserem as técnicas de algemagem". .Por isso, diz a nota, não faz sentido alterar o modelo das algemas em uso, "pois isso comprometeria o investimento formativo que tem sido relevado nos últimos anos"..A questão da qualidade das algemas surgiu quando, em Janeiro, dois reclusos considerados perigosos fugiram de uma carrinha celular sob vigilância de guardas prisionais. Depois, o director-geral dos Serviços Prisionais admitiu que conseguiu retirar umas algemas semelhantes às usadas nos suspeitos detidos.