PR/São Tomé: Estudante pede conselhos a Marcelo sobre como acabar com "sistema hitleriano"
O finalista de Direito Armindo José Lourenço referiu que, apesar de São Tomé e Príncipe ter um regime semelhante ao de Portugal, "na prática hoje tem um sistema hitleriano", referindo-se ao líder do regime nazi alemão, Adolf Hitler.
"Uma mesma pessoa é a Constituição, é todo o ordenamento jurídico, é o Presidente da República, da Assembleia da República [...] é primeiro-ministro em termos formais, é Procurador-Geral da República e presidente do Tribunal Constitucional que acabou de criar", disse o aluno, sobre o chefe do Governo, Patrice Trovoada.
Marcelo Rebelo de Sousa escusou-se a comentar, invocando o "princípio básico" de não se pronunciar sobre a vida interna de outro Estado.
"Tem de haver o recato do Presidente português ao falar da situação de outro país que não Portugal e até o recato a falar de Portugal", disse.
No entanto, deixou vários conselhos aos estudantes, nomeadamente que "têm de aprender a resolver problemas de forma equilibrada".
"Não podem ser 'decisófobos' e a parte mais emocionante da vida é que vão ter exames quando menos esperam. O último sítio onde têm exames com dia e hora marcados é aqui", disse o Presidente.
Sobre as preocupações que os estudantes terão com o seu futuro, disse que "faz parte da essência das coisas".
"Em cada momento não gostam do professor que está, não é definitivo na vossa vida, não gostam da situação económica que está, não é definitivo, não gostam do político que está, não é definitivo, tudo isso passa", acrescentou.
Marcelo falou ainda da importância de interagir e da forma como ultrapassou a sua timidez.
"Sabem que eu era tímido quando era novo, hoje ninguém acredita [...] e disse, tenho de extroverter um bocadinho, não posso ser tímido, e acabei por extroverter", disse, admitindo, no entanto que "ficou um bocadinho em excesso".