Primos pacenses fundamentais na afirmação de Hulk

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Família. É frequente ver o avançado do FC Porto nas ruas de Paços de Ferreira, uma vez que o melhor marcador dos Dragões tem uma estreita ligação com os primos Ferreira; o jogador da equipa pacense e a sua esposa, Daniele, que contribuíram para que Hulk se adaptasse, da melhor forma, à realidade portuguesa

Ferreira era amigo de infância e casou com a prima Daniele

Quando, ainda em crianças, começaram a dar os primeiros pontapés na bola, no mesmo bairro da cidade brasileira de Campina Grande, no Estado de Paraíba, Ferreira, defesa actualmente ao serviço do Paços de Ferreira, e Hulk, avançado do FC Porto, estariam longe de imaginar que o futuro lhes reservaria uma proximidade que duraria para o resto da vida.

A amizade dos dois jovens, que desde cedo partilhavam o sonho de serem futebolistas, seria, alguns anos mais tarde, reforçada com laços familiares, quando Ferreira casou com Daniele, prima de Hulk, no que foi o estreitar de uma cumplicidade que ainda hoje se mantêm entre os dois atletas, e que se revelou fundamental para a adaptação do avançado do FC Porto nesta segunda aventura futebolística no nosso país.

Curiosamente, o destino trouxe-os para Portugal, no início desta década, mas com estatutos diferentes. Ferreira veio para a equipa B do Dragão, rotulado de jovem promissor, enquanto Hulk, três anos mais novo que o primo, tentava a sua sorte no modesto Vilanovense, equipa da Gaia, que militava nos escalões inferiores.

"Nessa altura, estávamos sempre juntos no meu apartamento. Éramos muito jovens, estávamos longe da nossa cidade, e tentávamos apoiarmo-nos mutuamente. Foi muito importante tê-lo cá nessa altura", recordou ao DN sport Ferreira, que algumas temporadas depois veria o amigo regressar ao Brasil e, mais tarde, ingressar no futebol japonês, enquanto ele prosseguia a sua carreira em Portugal, embora sem nunca singrar na equipa do FC Porto, apesar das boas exibições no Gil Vicente e mais tarde no Marítimo.

Volvidos alguns anos, o caminho dos dois voltaria a cruzar-se e de novo no futebol luso. "O mundo dá tantas voltas que nos reencontrámos, de novo, aqui" sublinhou Ferreira, que confessou recomendar a Hulk o regresso a Portugal: "Nas últimas férias, quando estivemos juntos no Brasil, perguntou-me como era o FC Porto e cidade, e não hesitei em dizer-lhe que iria gostar. Que era um clube que lhe permitiria melhorar as suas qualidades e singrar no futebol europeu."

Hoje em dia, e tal como em crianças quando faziam as peladinhas nas ruas de Campina Grande, Ferreira e Hulk mantêm uma ligação muito próxima: "Temos um contacto regular. Estamos muitas vezes juntos, tanto em minha casa como na dele. Falamos muitas vezes dos jogos e dos adversários", partilhou o jogador do Paços, lembrando que nos primeiros meses em Portugal o avançado esquerdino dos Dragões encontrou a segurança e estabilidade que necessitava na casa dos primos em Paços de Ferreira. "No início ele estava sozinho. Passava muito tempo em nossa casa e tentámos dar-lhe o máximo apoio para a sua adaptação até o resto da família dele chegar", recordou Ferreira, garantindo que a qualidade futebolística, a vontade de vencer e a estabilidade emocional e mental de Hulk,fizeram o resto para que o avançado portista "esteja a ser uma das figuras do campeonato português".

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