Primo de Sócrates renunciou à nacionalidade portuguesa. Agora é brasileiro

José Paulo Pinto de Sousa é suspeito na Operação Marquês de ser o "testa de ferro" do antigo primeiro-ministro
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O primo de José Sócrates que o Ministério Público tenta interrogar como arguido por suspeita de ter sido intermediário de pagamentos ilícitos ao ex-primeiro-ministro renunciou à nacionalidade portuguesa, tendo-se naturalizado brasileiro.

A notícia foi avançada esta noite de sexta-feira pela SIC, segundo a qual José Paulo Pinto de Sousa, casado com uma brasileira e com casa e negócios em Dourados, no Mato Grosso do Sul, fez o requerimento de naturalização há dois anos, numa altura em que já decorria a investigação da Operação Marquês.

O deferimento do requerimento foi publicado no verão do ano passado no Diário Oficial da União (o equivalente ao Diário da República) e a entrega oficial do certificado ocorreu em dezembro, segundo o canal de Carnaxide.

No ato oficial, o primo de Sócrates afirmou: "Renuncio minha nacionalidade de origem e assumo o compromisso de bem cumprir os deveres de cidadão brasileiro".

Por o arguido estar há anos a viver em Angola, o Ministério Público português enviara já há vários meses para este país uma carta rogatória com os esclarecimentos que pretendia obter. Esta diligência só foi cumprida pelas autoridades angolanas em maio, já o suspeito era cidadão brasileiro.

O Ministério Público português suspeita que José Paulo Pinto de Sousa terá servido de "barriga de aluguer" de dinheiro obtido em atos de corrupção envolvendo Sócrates.

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