A efeméride é hoje recordada pelo El Mundo. Foi há 30 anos que os "todos os alarmes foram disparados" com a descoberta de cinco homens em São Francisco com um tipo raro de pneumonia e com a detecção de jovens homossexuais com cancro de Kaposi, próprio de pessoas com defesas imunitárias baixas.."O vírus, desconhecido até então, estendeu-se a todos os países quase tão rápido como o medo e a rejeição de quem era doente. Foram anos de incerteza, de silêncios e censuras, de solidão. 'Primeiro negámos a sua existência, quisemos deixar passar, depois seguiu-se o pânico e chegaram as dúvidas sobre como fazer-lhe frente. Nos últimos tempos instalámo-nos na complacência'. Assim resume James Curran, a pessoa que lidou com os primeiros casos", escreve hoje o jornal espanhol..A doença é agora crónica, pelo menos nos países desenvolvidos, e permite que os infectados possam levar uma vida normal, prejudicados pelos tabus sociais. Mas foram necessários muitos investimentos em pesquisa científica e em activismo social para mudar a imagem de uma doença que nas décadas de 80 e 90 pressupunha "uma clara sentença de morte", lembra Begoña Bautista, de 52 anos, diagnosticada há 21 com VIH.