Presidente da Petrobras pede demissão após greve dos camionistas
Exatamente dois anos após tomar posse, a 1 de junho de 2016, Pedro Parente demitiu-se da presidência da Petrobras, estatal petrolífera brasileira. A crise desencadeada com a greve dos camionistas está na base da decisão.
"As suas graves consequências para a vida do país levaram a um intenso e emocional debate sobre as origens da crise", diz Parente na carta de demissão, entregue em primeiro lugar ao presidente da República Michel Temer, na manhã desta sexta-feira.
Parente referia-se à política de preços adotada pela companhia, que deu o mote à paralisação. Depois de repetir que não mexeria nos preços, o gestor viu o governo determinar que a gasolina ficasse mais barata, de forma a acalmar a ira dos camionistas.
"Refleti muito sobre o que aconteceu, senhor presidente, e está claro que novas discussões serão necessárias", concluiu Parente, cuja gestão estava a ser muito elogiada, dada a recuperação da empresa, fortemente atingida pelo escândalo do Petrolão, em todos os indicadores, nos últimos dois anos.
Em São Paulo