Português Diogo Simão conquista a mais longa prova de trail em alta montanha do mundo
O português Diogo Simão alcançou um resultado histórico para o trail nacional ao concluir com sucesso o Tor des Glaciers, a mais longa prova de trail em alta montanha do mundo.
Com 450 quilómetros e 37 mil metros de desnível positivo, a prova realizou-se entre 6 a 14 de setembro nos Alpes italianos, num terreno muito técnico, onde os participantes enfrentaram tempestades de neve e temperaturas que chegaram aos 20º negativos, superando várias montanhas com mais de 3000 metros de altitude.
Diogo Simão concluiu o percurso em 182 horas e 43 minutos, alcançando o 22.º lugar da classificação geral naquela que foi a primeira edição da prova, que contou com a participação de outro português, Jorge Serrazina, que teve de abdicar da prova por motivos médicos cerca dos 300 quilómetros.
"O Tor des Glaciers foi uma aventura única, onde toda a minha experiência de ultra trail, de escalada, de montanhismo e de orientação foi colocada à prova. A exigência do percurso foi potenciada pelas condições atmosféricas adversas que obrigaram à superação de todos participantes para conseguir chegar ao fim. Fico feliz por ter concluído o desafio, mas principalmente por tudo aquilo que vivi ao longo da preparação e da prova. Tive o privilégio de contar com companhia do amigo Jorge Serrazina, que infelizmente não pôde continuar a partir de certo ponto, e a quem desejo as rápidas melhoras", afirmou Diogo Simão.
Antigo escuteiro e dirigente - foi membro do departamento nacional e regional de Lisboa de Atividades Técnicas e monitor de escalada e montanhismo - Diogo Simão é licenciado em Economia e trabalha como consultor de algumas das principais empresas e instituições em Portugal. É um dos mais experientes atletas nacionais em desafios de ultradistância, tendo superado inúmeras ultramaratonas e ultra trails, bem como triatlos de longa distância em Portugal e a nível internacional.
A prova teve uma limitação a 100 participantes e foi ganha pelo italiano Luca Papi com o tempo de 134 horas e 10 minutos, sendo seguido do belga Richard Victor (139h46m) e do japonês Masahiro Ono (140h22m). Entre as mulheres apenas duas lograram superar o desafio do Tor des Glaciers, com a sul-africana Anouk Baars a terminar em 183h06m e a Italiana Marina Plavan em 187h09m.