Desde a primeira edição do Portugal Mobi Summit, em 2018, o país e o mundo viajaram a grande velocidade para tornar a mobilidade mais sustentável. Ainda falta chegar aos aviões e aos navios, mas já está em marcha o início de uma transformação inédita em todos os meios de transporte, com vista a alcançar a neutralidade carbónica até 2050 e minimizar o impacto das alterações climáticas..'Rumo a um Mundo Net Zero' é justamente o mote do PMS2023, a iniciativa do Global Media Group e da EDP, que agora começa. O maior evento de mobilidade urbana do país vai promover debates, entrevistas e reportagens em torno dos desafios da mobilidade sustentável, da transição energética, da inovação tecnológica e de uma gestão urbana promotora de cidades mais amigas das pessoas e do ambiente. Daqui até à realização da cimeira internacional, no final do ano, na Nova SBE..Ao longo das últimas cinco edições muito mudou no mundo. Atravessámos uma pandemia e enfrentamos uma guerra na Europa, com consequências diretas na mobilidade, no acesso à energia e no seu custo. O modo elétrico deixou de ser um nicho residual em Portugal e ganhou uma quota de mercado, que já ronda os 10% nas vendas de veículos, a crescerem em torno dos 90%. Em abril último a quota de vendas chegou mesmo aos 26%. Tanto que o Governo se prepara para deixar de conceder incentivos à aquisição deste tipo de veículos que, ainda são, no entanto, significativamente mais caros..A rede de carregamento passou de uma das mais pobres do espaço europeu para uma das que mais cresce, com mais de 6 mil postos disponíveis. Ainda assim, este tipo de infraestrutura continua a ser deficitária em Portugal..No campo da transição energética, os investimentos feitos nos últimos anos em energias renováveis estão a dar frutos e continuam a surpreender, com Portugal a ser o quinto país da UE com maior peso das energias renováveis no seu pacote energético. O bom andamento do setor energético levou, aliás, o Governo a antecipar a meta da neutralidade carbónica fixada no Acordo de Paris..Para além dos bons indicadores na energia solar, a grande aposta do Governo e dos operadores privados é, agora, a produção de energia eólica e, muito em particular, off-shore. Tão ou mais importantes são os investimentos e o potencial apontado para a produção e distribuição de hidrogénio em Portugal, dada a sua situação geoestratégica..Clientes para o hidrogénio 'made in Portugal' não deverão faltar. No país já circulam autocarros movidos a hidrogénio em municípios como Cascais ou Porto. E, a médio prazo, os setores da aviação e da navegação, igualmente obrigados a descarbonizar, serão clientes. .A União Europeia acabou de fixar percentagens mínimas de utilização de combustíveis sintéticos para as companhias aéreas, já nos próximos dois anos, rumo à neutralidade carbónica em 2050. E na indústria marítima, para além da opção hidrogénio, os investimentos estão a concentrar-se na energia eólica como fonte propulsora..É todo este universo de desafios inovadores para vencer o desígnio desta era que marca o PMS2023, com a parceria da Brisa, da Fidelidade e dos municípios de Cascais e de Lisboa, onde haverá uma iniciativa conjunta no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade, em meados de setembro. Saiba mais em www.portugalms.com