“Poor. Old. Tired. Horse.” é uma exposição que explora as coordenadas estéticas do movimento Concretista, emergido no final dos anos 50 e que se firmou na década de 60. Aqui se verifica a importância estética da palavra, das letras que a compõem, revelando uma qualidade estética tão relevante quanto as relações semânticas, quanto as estruturas convencionais de interpretação da poesia. Afirma-se uma caraterística do pós-modernismo, as relações transdisciplinares, neste caso entre as Artes Plásticas e a literatura, entre o grafismo e a poesia..O elemento basilar desta exposição centra-se na estética e na prática artística de Ian Hamilton Finlay, figura chave do movimento Concretista britânico, que publicou um periódico, entre 1962 – 1968, intitulado Poor. Old. Tired. Horse. onde aplicava as suas teorias e efectuava as suas experiências artísticas..As possibilidades de comunicação das Artes Plásticas e as possibilidades estéticas da gramática da literatura surgem em peças centradas no grafismo da impressão, da tipografia executadas por Vito Acconci, Carl André e Christopher Knowles, onde a importância da expressão presente na palavra demonstra a evidência de que a palavra é uma imagem. Esta assunção é explorada por estes artistas. Caso de Philip Guston que apresenta “poemas pinturas” executadas com a colaboração do poeta Clark Coolidge. Na senda da impressão, David Hockney é representado por gravuras executadas para acompanhar poemas de C.P. Cavafi. Por outro lado Karl Holmqvist surge com uma parede com colagem de poemas e imagens do seu livro "Oneloveworld".