Pontualidade britânica

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Faltavam cinco dias para o recinto Horse Guards Parade abrir as portas ao público do voleibol de praia e ainda estava tudo por fazer. A megaestrutura metálica que açambarcou a paisagem de David Cameron (OK, é mentira, ele tem uma vista bem privilegiada para o campo de aquecimento dos atletas) precisou apenas de seis semanas para ficar de pé. Mas por dentro parecia um estaleiro. O staff admitia: saíam de lá à noite em pânico. "Isto não vai estar pronto a tempo!" A culpa? É uma real culpa. Parece que Sua Majestade e o seu Jubileu precisaram do espaço para a festa. Vêm cinco toneladas de areia de Surrey para encher a praia olímpica de Londres? Esperem na fila que a Rainha vai passar. Claro que ficou tudo pronto a tempo, não estivéssemos a falar dos ingleses. Porque eles não são pontuais, isso é um mito bem engendrado. São, isso sim, um tanto quanto maníacos e têm aqui uma vítima que o vai provar. Recebo um e-mail dos meus "chefes" a relembrar que a visita ao recinto começa às 11.30 da manhã. Espera, tem um P. S. "Chega, por favor, com uma hora de antecedência para passares pela segurança." Obviamente que cheguei com uma hora de antecedência (feito difícil para uma portuguesa) e obviamente que depois de entrar fiquei lá uma hora à espera.

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