PCP agenda uma marcha em defesa dos partidos

Publicado a
Atualizado a

A 1 de Março, a Marcha da Liberdade e Democracia vai ao TC mostrar cartões

O PCP marcou para 1 de Março uma Marcha da Liberdade e Democracia, assegurando que esta vai ter como ponto de passagem a sede do Tribunal Constitucional (TC) e à sua porta vão mostrar cartões de militante.

Criticando a actual Lei dos Partidos, em que se exige um mínimo de cinco mil filiados aos partidos, sob pena da sua extinção administrativa, Jerónimo de Sousa frisou que, "nesta marcha, os militantes comunistas irão participar afirmando a defesa da liberdade e a exigência do cumprimento do projecto de democracia política, económica, social e cultural que a Constituição da República Portuguesa consagra".

O líder comunista refere que nessa marcha e à frente da sede do TC "todos aqueles que o entendam demonstrarão expressamente, incluindo com o cartão de militante, a sua qualidade de membros do Partido Comunista Português, num acto livre e não imposto". O PCP saúda, no entanto, o facto de o PS e o PSD estarem abertos à alteração da Lei dos Partidos de 2003. Jerónimo de Sousa referiu que a sua bancada vai apresentar propostas de alteração quer à Lei dos Partidos quer à Lei de Financiamento dos Partidos.

"Balanço positivo" na CGTP

O secretário-geral do PCP fez, também ontem, um "balanço positivo" da acção de Carvalho da Silva à frente da CGTP, mas recusou pronunciar-se sobre se o sindicalista deve continuar após o congresso da central, em Fevereiro. "Não quero praticar qualquer ingerência ou qualquer pressão sobre uma decisão livre que deve ser encontrada no seio da CGTP", afirmou Jerónimo . O líder do PCP relativizou as notícias - "são as notícias do costume" - sobre as pressões de dirigentes comunistas, corrente maioritária na central, que podem levar Manuel Carvalho da Silva a não se recandidatar no congresso da CGTP, a 15 e 16 de Fevereiro. "A CGTP decidirá, mas o balanço que fazemos da actual direcção, com todos os seus órgãos, e também do seu secretário-geral, é positivo", disse Jerónimo.

Numa entrevista à edição de Janeiro/Fevereiro de O Militante, revista bimestral do PCP, o secretário--geral comunista afirma que há "pressões, inventonas e intrigas" para, de "forma articulada", "ensombrar e dificultar o êxito do congresso", mas não identifica os seus autores, falando genericamente no "poder económico". Com LUSA

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt