Paulo Portas rejeita argumento de que Governo "é vítima das oposições"

O líder do CDS-PP, Paulo Portas, desafiou hoje o primeiro-ministro a "corrigir políticas" por ter ganho as eleições apenas com maioria relativa e criticou José Sócrates por "se dizer vítima das oposições".
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"Parece-me que quer agora um argumento segundo o qual é vítima das oposições. Mas ainda não creio que nenhuma oposição em particular ou em conjunto o tenha martirizado", declarou Paulo Portas, no debate do programa do Governo.

O líder do CDS-PP desafiou o primeiro-ministro a "reflectir" e a tirar ilações sobre o facto de ter perdido a maioria absoluta.

"O PS ganhou as eleições, mas ganhou-as com maioria relativa. Perdeu mais de meio milhão de votos, mas nunca o ouvi dizer que é preciso rectificar, corrigir, alterar. Tem legitimidade para governar porque teve maioria relativa. Mas está ou não disponível para corrigir as políticas?", questionou.

Na resposta, o primeiro-ministro argumentou que o facto é que o PS ganhou as eleições e desafiou as oposições a "terem um bocado de humildade".

"Quais foram as razões que levaram os portugueses a manterem-me como primeiro-ministro?", questionou.

No seu pedido de esclarecimento no debate do programa do Governo, Paulo Portas frisou que o aumento das pensões em 1,25 por cento anunciado pelo primeiro-ministro corresponde apenas a "3 euros".

"Para quem tem 243 euros de reforma, passa a ter 246. Não acha que tem margem para investir melhor na área social?", questionou, propondo a afectação de parte das verbas do Rendimento Social de Inserção ao aumento de pensões.

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