Pai canadiano processa McDonald's por publicidade a happy meal

Um homem da província de Quebec lançou uma ação coletiva contra a cadeia de <em>fast food</em>, alegando que o menu para crianças infringe leis provinciais de publicidade infantil.
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Um pai canadiano, da província de Quebec, processou o McDonald's, lançando uma ação coletiva alegando que o happy meal, menu para crianças, infringe as leis provinciais de publicidade infantil.

Embora a opção de refeição esteja presente no cardápio da cadeia de fast food desde que esta iniciou atividade, em 1979, alguns pais estão descontentes com a influência que tem nos estômagos dos filhos. Antonio Bramante é o principal autor de uma ação judicial que alega que o McDonald's está a direcionar ilegalmente publicidade a crianças com menos de 13 anos, o que viola as leis de proteção ao consumidor daquela província do Canadá, que é um dos poucos locais em todo o mundo a banir toda a publicidade para crianças e que desde 1980 restringe a comercialização de alimentos não saudáveis para crianças.

Bramante, pai de três filhos menores, diz que come no McDonald's uma vez a cada duas semanas a pedido dos seus filhos e estima que já gastou centenas de dólares em happy meals, escreve a BBC, baseando-se em documentos do tribunal.

O progenitor diz que os brinquedos incluídos nessa opção de refeição estão frequentemente associados a lançamentos de filmes populares e que os seus filhos muitas vezes querem voltar a restaurantes da cadeia para que possam completar a coleção. "Hoje, os pais têm de escolher as suas batalhas. E qual é a coisa mais fácil de ceder? É a alimentação dos filhos", disse o advogado que representa a ação coletiva de Bramante, Joey Zukran. "A McDonald's tem a obrigação legal de respeitar a lei", acrescentou.

Na lei do Quebec, há três exceções à lei da publicidade: anúncios em revistas infantis, promoção de um evento de entretenimento para crianças e publicidade em vitrinas, displays, embalagens e rótulos. Zukran diz que está pronto para argumentar que a cadeia de fast food não está abrangida em nenhuma dessas exceções e que qualquer pessoa pode juntar-se à ação desde que tenha comprado um happy meal no Quebec desde novembro de 2013, mesmo que não seja canadiano.

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