Na sequência do vídeo tornado viral nas redes sociais onde um agente de autoridade foi agredido na noite do passado dia 20 de dezembro, junto ao Largo do Corpo Santo, em Lisboa, o Observatório de Segurança Interna (OSI) pede aos partidos políticos que nesta época eleitoral dediquem parte dos seus programas à segurança interna e à justiça..Em comunicado, o OSI pede "propostas sérias que permitam aumentar a qualidade de vida e a segurança dos elementos das forças e serviços de segurança" e realça preocupação com a falta de acompanhamento dos agentes de autoridade em Lisboa.."É preocupante verificar que a Polícia Municipal de Lisboa, adiante PML, permite que um dos seus agentes de autoridade, esteja sozinho, durante um serviço noturno (...) É também preocupante perceber que, aparentemente, não está atribuído qualquer equipamento de comunicação rádio que lhe permitisse, em urgência, pedir a assistência necessária", pode ler-se..O Observatório fala ainda a defesa do agente, que não fez uso da sua arma de fogo para cessar a ameaça: "É violento perceber que um agente de autoridade, enquanto está a ser agredido e filmado, escolhe não agir por medo das consequências disciplinares, penais e sociais que daí advém. O agente prefere ser agredido, do que fazer uso das prerrogativas legais ao seu dispor para se defender. E é aqui que claramente nos devemos focar.".A nota enviada à imprensa releva ainda o sentimento impotência do polícia face à falta de equipamentos de proteção, "nomeadamente o tradicional gás pimenta, comummente distribuído pelas diversas forças e serviços de segurança, bem como por outras polícias administrativas que exercem funções policiais de patrulhamento urbano", pedindo "novos investimentos" nesse sentido..O Observatório de Segurança Interna destaca o papel do cidadão que "tem a obrigação legal de auxiliar o agente de autoridade que está a ser vítima de agressões" e "tem o dever legal de usar o seu telefone e ligar para o 112 e descrever a situação".