Os nossos fantasmas por David Lynch
Entrámos num novo ciclo David Lynch. E ainda bem: por um lado, a nova temporada da série Twin Peaks (com honras de estreia no Festival de Cannes) está a relançar um culto que se confunde com a ideia de que as imagens (e os sons) não servem para reproduzir o mundo, antes para nele inscrever uma outra dimensão existencial; por outro lado, temos a oportunidade de reencontrar alguns títulos da filmografia "lynchiana", a começar por este que, em 1992, retomou o universo da série.
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As aventuras trágicas de Laura Palmer continuam a gerar uma sensação bizarra: dir-se-ia que o cinema de Lynch, a meio caminho entre a performance teatral e as nuances musicais, continua a ser um país à parte no universo artístico contemporâneo. Totalmente obscuro, este é também um painel transparente de todos os nossos fantasmas.
Classificação ***** excecional