Os animais feios também precisam de ser salvos

Tudo na natureza é uma questão de equilíbrio. Logo, nem só os animais bonitos enfrentam o risco de extinção. A Sociedade de Preservação dos Animais Feios lançou uma campanha para os salvar.
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Para salvar estes animais nada melhor do que conhecê-los e saber as razões porque estão ameaçados. É esse o trabalho que está a fazer a associação britânica que quer angariar fundos para a preservarção destes animais menos glamorosos.

Entre eles está o 'Telmatobius Coleus', um sapo que vive no lago Titicaca, situado entre o Peru e a Bolívia. O excesso de pele, que usa para captar oxigénio, torna-o menos atraente. Está em risco de extinção devido à captura para comer e às espécies invasivas.

O aye-aye é um lémur que vive em Madagascar. Alimenta-se batendo no tronco das árvores para retirar daí larvas de insetos. A destruição contínua do seu habitat está a torná-lo cada vez mais raro.

O porco-verruga visayan vem das Filipinas e deve o seu nome às protuberâncias que tem na cara. Na se sabe exatamente para que servem essas verrugas. Em apenas três gerações a sua população caiu 80%.

O peixe-Napoleão vive no coral Indo-Pacífico. É uma espécie de predadores de grande dimensões (os machos chegam a alcançar os dois metros). Alimentam-se de peixes perigosos e mesmo tóxicos, como as lebres do mar ou as estrelas-do-mar coroas de espinho, mas estão em extinção pode causa da sobrepesca.

O rato-toupeira pelado é um dos casos em que a aparência engana. Pode não parecer mas estamos perante um dos heróis do reino animal. Esta espécie vive em colónias onde só a rainha pode procriar e os restantes são apenas operários, mas podem esconder um dos segredos mais procurados do mundo: o rato-toupeira pelado não tem cancro. E, os especialistas continuam a tentar perceber porquê.

Os peixes-bruxas do Pacífico conquistaram o respeito entre as criaturas do mar porque nem os tubarões os conseguem comer. São um dos animais verterbrados mais antigos do mundo e vivem no fundo do oceano, a gosma que libertam impedem os predadores de os comerem. Alimentam-se de cadáveres de outros animais.

Os macacos narigudos, naturais do Bornéu, estão em risco devido à destruição do seu habitat. Não se sabe para que serve o nariz, mas os dos machos são maiores, pelo que se pensa que funcionam como um atrativo sexual (um pouco como as penas dos pavões, mas menos bonito visualmente).

O sapo roxo indiano passa a maior parte do ano no sub-solo. Vem à superfécie dois meses por ano, para respirar nas poças criadas pelas monções. Com uma vida tão recatada não é de estranhar que tenha sido descoberto apenas em 2003. É considerada uma espécie ameaçada por viver numa área restrita e em florestas que estão a desaparecer para dar lugar a quintas.

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