A representante da plataforma Seas At Risk, presente em 17 países e a que pertencem várias organizações portuguesas, Monica Verbeek, disse à agência Lusa que o executivo deve ir com precaução para a próxima sessão anual da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos, que acontece de 07 a 18 de agosto..Portugal deve ter como prioridades "a defesa e a proteção do meio ambiente no mar profundo", defendem as organizações, e apoiar a suspensão de toda a prospeção e exploração de minérios..Cobre, manganésio, ouro, cobre e minerais raros são os alvos da mineração em águas profundas.."Portugal é o único país da Europa que está a contemplar fazê-lo nas suas águas territoriais", indicou Monica Verbeek, que assinala a "profunda preocupação" das organizações que defendem o meio ambiente a biodiversidade dos fundos marinhos..Monika Verbeek afirmou que "esta atividade não é precisa", porque se Portugal pretende mudar, como afirma o Governo e o Ministério do Ambiente, para uma economia circular, assente na reciclagem e em menos consumo, "não é preciso destruir os fundos marinhos para ir buscar minérios, porque vão ser menos precisos".."Queremos que Portugal esteja na frente do desenvolvimento sustentável", indicou Monica Verbeek, apontando para as decisões que a autoridade internacional irá tomar sobre reformas internas da organização e regulamentos internacionais..As organizações não governamentais, nas quais se incluem as portuguesas Quercus, Geota e Liga de Proteção da Natureza, também se querem reunir com o Governo para lhe salientar os "impactos ambientais significativos e irreversíveis" da exploração dos leitos marinhos.