Os milhares de socorristas na Turquia retiraram mais pessoas com vida dos escombros causados pelos sismos de segunda-feira, mas as esperanças na Turquia e na Síria estavam a desvanecer-se de que muitos mais sobreviventes poderiam ser encontrados. Enquanto isso, o subsecretário-geral da ONU para os assuntos humanitários, Martin Griffiths, disse prever que o número de mortos atinja pelo menos 50 mil, depois de ter chegado ao Sul da Turquia para avaliar os danos do terramoto..Ao fim de 160 horas do terramoto de magnitude 7.8, as equipas de busca e salvamento encontraram pessoas com vida em várias localidades. Com um número de óbitos de pelo menos 29.605 na Turquia e de 3500 na Síria, onde o número não foi atualizado desde sexta-feira, o desastre já ultrapassou o número de vítimas do terramoto de 1939 em Erzincan e só recuando ao século XIII se encontra um desastre com consequência mais mortíferas..Esse número pode ser muito superior. Segundo Griffiths, o número pode chegar ao "dobro ou mais". O diplomata britânico criticou o fracasso internacional na chegada de ajuda às regiões da Síria devastadas pelo sismo e pela guerra..Até ao momento só chegou uma caravana da ONU, composta por 10 camiões com mantimentos, através da Turquia. "Até agora, falhámos com a população do noroeste da Síria. Eles sentem-se, com razão, abandonados", disse Griffiths..Para o alto funcionário das Nações Unidas era necessário muito mais quando há milhões de pessoas sem casa nem acesso a bens essenciais..O diretor da Organização Mundial de Saúde encontrou-se com o líder sírio em Damasco e disse que Bashar al-Assad manifestou-se favorável à abertura de mais passagens fronteiriças, de forma a chegar assistência às áreas controladas por forças inimigas do regime..A equipa de socorristas de Israel, devido a uma ameaça que foi considerada credível, terminou as operações em Kahramanmaras e voltou para casa. Na véspera, alemães e austríacos haviam suspendido os trabalhos por motivos de segurança.