O Instituto de Emprego e Formação profissional tem ofertas de emprego para quadros qualificados, como engenheiros e diretores de departamento, em que o salário oferecido é pouco mais de 500 euros. A CGTP denunciou o caso e caracterizou-o como uma falta de "vergonha" por parte de alguns empresários.."A crise não pode servir como pretexto para justificar tudo, nomeadamente propostas desta natureza", afirmou Arménio Carlos, à SIC..As ofertas de trabalho são muitas vezes para "engenheiros agrónomos, engenheiros eletrotécnicos" ou diretores de gestão de empresas, "com a responsabilidade de chefiar serviços e departamentos, com salário base de 530 euros, salário mínimo nacional, e com subsídio de refeição de 4,27 euros", continuou o secretário-geral da CGTP, que garantiu que já denunciou o caso ao Centro de Emprego..O nível mínimo de qualificação para estes cargos é o esperado, alguns exigem a licenciatura ou pelo menos o 12º ano.."O que está em causa não é uma desvalorização dos salários, é uma desvalorização das profissões e das qualificações das pessoas", afirmou Arménio Carlos, que se mostrou espantado pela hipótese do diretor ou responsável por um serviço ou departamento receber o mesmo vencimento ou até um vencimento menor do que a equipa que gere..O secretário-geral da CGTP exige que o governo tome medidas "para impedir que ofertas deste tipo sejam divulgadas pelos site públicos", conforme disse à TSF, pois acabam por fomentar "a precariedade e os baixos salários".