Com este protótipo, desenvolvido pelo grupo de electrónica e sistemas informáticos NEC, é possível conversar na língua materna com um interlocutor estrangeiro, nomeadamente em situações excepcionais que exigem compreensão mútua imediata, como consultas médicas ou diligências administrativas.."Estamos a trabalhar há uma dezena de anos em ferramentas de tradução automática simultânea", afirmou Kotaro Nagahama, responsável do acompanhamento do desenvolvimento de produtos do NEC. .A ambição do grupo de produzir intérpretes electrónicos remonta a 1977, quando o então presidente, Koji Kobayashi, lançou o conceito "fusão do computador e da comunicação"..Nessa altura, previu que no princípio do século XXI seria possível "falar com qualquer pessoa, em qualquer momento e em qualquer lado, através do olhar", mesmo à distância. .A principal dificuldade residia no facto de um sistema automático de reconhecimento vocal e tradução instantânea dever poder ser usado por qualquer pessoa, sem aprendizagem prévia, e integrar um vocabulário muito variado..Na prática, seria mais fácil criar um dispositivo que aprendesse a reconhecer a voz e a entoação de uma única pessoa ou, no caso se destinar a várias, reduzir o dicionário a algumas dezenas ou centenas de palavras-chave. .O NEC começou por conceber um software de locuções múltiplas para funcionar num computador, mas acabou por conseguir alojá-lo num assistente digital pessoal, uma etapa que exigiu o desenvolvimento de chips com maior desempenho e a compressão de dicionários e outros ficheiros de dados necessários..Quanto aos óculos - imaginados em 2005 pela companhia Brother para uma demonstração na Exposição Universal de Aichi, no centro do Japão - permitem uma utilização mais natural do sistema enquanto se continua a olhar o interlocutor..Assemelham-se a armações tradicionais, mas uma das hastes está equipada com um pequeno projector alimentado em conteúdo pelo assistente digital..Com eles, o utilizador vê num lado sobrepor-se à visão real um rectângulo onde aparece a tradução. .O mesmo grupo desenvolveu uma ferramenta chamada "Tele Scouteur" que permite a um trabalhador de uma linha de montagem fabricar um aparelho lendo ao mesmo tempo as instruções, sem necessidade de virar a cabeça para as ler no ecrã de um computador..Estes óculos, facilmente adaptáveis a um telemóvel, poderão ter aplicações múltiplas no domínio da chamada "realidade aumentada": informações escritas sobreponíveis a cenas observadas..Graças a este dispositivo, um turista poderá por exemplo saber da existência de um restaurante de sushi no último andar de determinado edifício de Tóquio, mesmo sem conseguir vê-lo da rua nem ser capaz de ler as indicações em japonês..Japão: Óculos para ler em japonês frases ditas em inglês e vice-versa.Tóquio, 11 Nov (Lusa) - Investigadores japoneses conceberam um sistema visual e sonoro de tradução instantânea inglês-japonês, e vice-versa, baseado num pequeno estojo portátil associado a óculos que permitem ler numa língua o que alguém diz na outra..Com este protótipo, desenvolvido pelo grupo de electrónica e sistemas informáticos NEC, é possível conversar na língua materna com um interlocutor estrangeiro, nomeadamente em situações excepcionais que exigem compreensão mútua imediata, como consultas médicas ou diligências administrativas.."Estamos a trabalhar há uma dezena de anos em ferramentas de tradução automática simultânea", afirmou Kotaro Nagahama, responsável do acompanhamento do desenvolvimento de produtos do NEC. .A ambição do grupo de produzir intérpretes electrónicos remonta a 1977, quando o então presidente, Koji Kobayashi, lançou o conceito "fusão do computador e da comunicação"..Nessa altura, previu que no princípio do século XXI seria possível "falar com qualquer pessoa, em qualquer momento e em qualquer lado, através do olhar", mesmo à distância. .A principal dificuldade residia no facto de um sistema automático de reconhecimento vocal e tradução instantânea dever poder ser usado por qualquer pessoa, sem aprendizagem prévia, e integrar um vocabulário muito variado..Na prática, seria mais fácil criar um dispositivo que aprendesse a reconhecer a voz e a entoação de uma única pessoa ou, no caso se destinar a várias, reduzir o dicionário a algumas dezenas ou centenas de palavras-chave. .O NEC começou por conceber um software de locuções múltiplas para funcionar num computador, mas acabou por conseguir alojá-lo num assistente digital pessoal, uma etapa que exigiu o desenvolvimento de chips com maior desempenho e a compressão de dicionários e outros ficheiros de dados necessários..Quanto aos óculos - imaginados em 2005 pela companhia Brother para uma demonstração na Exposição Universal de Aichi, no centro do Japão - permitem uma utilização mais natural do sistema enquanto se continua a olhar o interlocutor..Assemelham-se a armações tradicionais, mas uma das hastes está equipada com um pequeno projector alimentado em conteúdo pelo assistente digital..Com eles, o utilizador vê num lado sobrepor-se à visão real um rectângulo onde aparece a tradução. .O mesmo grupo desenvolveu uma ferramenta chamada "Tele Scouteur" que permite a um trabalhador de uma linha de montagem fabricar um aparelho lendo ao mesmo tempo as instruções, sem necessidade de virar a cabeça para as ler no ecrã de um computador..Estes óculos, facilmente adaptáveis a um telemóvel, poderão ter aplicações múltiplas no domínio da chamada "realidade aumentada": informações escritas sobreponíveis a cenas observadas..Graças a este dispositivo, um turista poderá por exemplo saber da existência de um restaurante de sushi no último andar de determinado edifício de Tóquio, mesmo sem conseguir vê-lo da rua nem ser capaz de ler as indicações em japonês.