O Turco Mecânico

Publicado a
Atualizado a

Há tempos, correu mundo a notícia de que um robô teria esmagado, ou esmagou mesmo, o dedo inocente de uma criança quando ambos jogavam xadrez em Moscovo, terra perigosa. Ao que parece, o miúdo precipitou-se cedo demais sobre o tabuleiro, no afã de movimentar a sua peça, com isso confundindo a máquina, de seu nome Chessrobot, e este, ou esta, reagiu sem intenção maléfica, mas reagiu, pegou na mão do petiz e esmigalhou-lhe um dedito, que não nos dizem qual foi, quiçá o polegar, talvez o mínimo, porventura o médio, quem sabe o anelar, pior o indicador. Logo se levantaram vozes falando dos perigos dos computadores, da ameaça da inteligência artificial, logo se recordaram as cenas do filme 2001, em que o sinistro HAL 9000 vai liquidando, um a um, os tripulantes da nave Discovery. Importa lembrar, no entanto, que na novela de Arthur C. Clarke em que se baseou a película de Kubrick o computador HAL 9000, concebido pelo Doutor Sivasubramanian Chandrasegarampillai (!), também não teve más intenções quando matou a sangue frio os infaustos astronautas. O que se passou, simplesmente, foi que apenas o supercomputador sabia o propósito daquela missão espacial e, assim, colocado entre a alternativa de ter de mentir aos tripulantes da nave ou optar por matá-los, escolheu a última solução, por lhe parecer mais lógica. Ou seja, e esta é a grande trouvaille do livro de Clark e do filme de Kubrick, o ponto crucial é percebermos que os computadores não agem por "bem" nem por "mal", pois encontram-se situados, à maneira nietzschiana, muito para além do bem e do mal.

Na verdade, por muito maus que sejam os computadores, piores serão sempre os humanos que os constroem e manipulam, na avidez de mais lucro, de mais poder, ou de outra coisa que o valha. Para compreendermos isso, nada melhor do que a história do Turco Mecânico, contada num livrinho que é quase thriller, The Mechanical Turk: The True Story of the Chess-Playing Machine That Fooled the World, de Tom Standage (Penguin Press, 2002). Vamos a ela.

Desde tempos antigos existe o fascínio dos autómatos, que em seus mecanismos internos executam tarefas complicadas, como os relógios que dão as horas ao dia, os cucos que saem das caixas ou os "mouros" sineiros da Torre dell"Orologio, em Veneza, bem como os Três Reis Magos, que no mesmo local, duas vezes por ano -- a 6 de Janeiro, na Epifania, e no Dia da Ascensão -, saem à rua liderados por um anjo e curvam-se perante a Virgem e o Menino, que é divino. Ou, no mesmo género, o Glockenspiel da Marienplatz, em Munique, com os seus bonecos dançantes, que narram episódios da história da cidade, e um pássaro doirado que três vezes pia por dia. Diz-se que Leonardo Da Vinci chegou a conceber um leão mecânico e que, no século XV, Johann Müller presenteou o imperador Maximiliano com uma águia, também mecânica. No século XVIII, o relojoeiro inglês James Cox ficaria célebre pelas suas criaturas maravilhosas, incrustadas de rubis e de diamantes, de pérolas e de esmeraldas, e cheias de maquinismos - um elefante, um tigre, um pavão, um cisne... Não tardou muito que se passasse ao humano, com andróides que ora tocavam cravo (como um que maravilhava os visitantes da corte de Luís XV), ora rabiscavam papéis, ora faziam mil e uma coisas que os tornavam humanos, demasiado humanos. Louis Jacquet-Droz, um relojoeiro suíço, ganhou fama com os seus autómatos e, em 1764, Friedrich von Knauss obsequiou a Casa de Lorena, então reinante na Toscânia, com um engenho chamado "a mão que escreve", a qual, como o nome indica, era uma mão feita em prata que, graças a um mecanismo de relojoaria, pegava num pedaço de papel e nele escrevia a frase, graxista mas sensaborona: Huic Domus Deus/Nec metas rerum/Nec tempora ponat (A esta Casa não ponha Deus nem fim nem limite). Entusiasmado com a sua criação, o austríaco conceberia, em 1770, quatro cabeças falantes, que não tiveram grande sucesso, mas - e o ponto é decisivo -- Friedrich von Knauss é considerado o "pai" das máquinas de escrever, o que comprova que este encantamento pelos autómatos, que hoje parece uma diversão pateta de príncipes ricos e nobres poderosos, foi muito mais importante do que julgamos, já que pavimentou o caminho para inventos de extrema e universal utilidade e não menor complexidade.

Para alguns parecerá bizarro que alguém como o francês Jacques de Vaucanson haja dedicado tanto tempo e esforço a conceber um autómato-pastor que tocava flauta e tambor e um pato mecânico que ingeria, ou parecia ingerir, grãos de milho, sendo capaz de digeri-los e, imagine-se, defecá-los. Mais estranho ainda é pensar que boa parte da invenção era uma fraude, isto é, que não havia máquina nenhuma que conseguisse pôr um pato a digerir e a defecar, tudo não passando de um truque para seduzir plateias embasbacadas e até intelectuais reputados, como Goethe. Ainda assim -- e, uma vez mais, é aqui que bate o ponto --, Vaucanson não foi um completo charlatão, antes o inventor do primeiro tear mecânico, mais tarde aperfeiçoado por Jacquard, criador da célebre máquina com o mesmo nome.

Das máquinas e dos autómatos que marcaram aquela época, nas vésperas da Revolução Industrial, a mais fascinante de todas terá sido o Turco Mecânico, obra de Wolfgang von Kempelen, um homem prodigioso, nascido na atual Bratislava, Eslováquia, então parte do reino da Hungria, Império Austro-Húngaro. Estudante de Direito e Filosofia em Viena e em Roma, interessado em matemáticas, versado em várias línguas, tradutor para alemão do Código Civil húngaro, bem-parecido e bem-falante, Kempelen singrou na corte de Maria Teresa, teve cargos de relevo, responsabilidades várias. Na Primavera de 1770 espantou a imperatriz e o palácio com uma invenção extraordinária: um boneco com a aparência de um turco, de turbante e longos bigodes, que, sentado a uma mesa, jogava xadrez com mestria.

Para mostrar que não havia patranha, Kempelen, antes de cada jogo, abria os compartimentos da secretária onde o turco se sentava, mostrava o interior do maquinismo que fazia com que o boneco fosse capaz de movimentar as peças com um talento assombroso, batendo sucessivos adversários. Tudo às claras, portanto, sem truques na manga nem cartas marcadas. A escolha de um turco não oferecia dúvidas, pois Viena estava então apaixonada pelo exotismo orientalista, com os cafés engalanados em estilo levantino e os seus empregados trajados como otomanos. O que impressionava as gentes era, isso sim, a facilidade com que o Turco resolvia complexos problemas xadrezísticos, como o "passeio do cavalo", e vencia com facilidade a esmagadora maioria dos seus adversários. Por muito que todos dessem a volta à cabeça, ninguém conseguia explicar o prodígio.

Logo surgiram, naturalmente, inúmeras e muito díspares explicações para o fenómeno: numa carta ao Le Mercure de France, o viajante Louis Duttens garantia que, meses antes, tivera a notícia de que o sultão de Bagdade possuía um macaquinho xadrezista que jogava tão bem como os humanos, mas ninguém podia negar que Kempelen, o inventor do Turco, não era um aldrabão de feira, antes alguém que, entre o mais, projectara o sistema hidráulico das fontes dos jardins de Schönbrunn, ou que concebera uma elaborada cama mecânica para as maleitas da imperatriz Maria Teresa, além de equipamentos para a construção de canais, engenhos movidos a vapor, etc. Ele próprio, aliás, não queria ser visto como o mero inventor de um autómato de xadrez imbatível e alimentou o projecto de criar uma máquina de escrever para cegos e de um engenho capaz de imitar a voz humana, a sua obra mais ambiciosa. Durante algum tempo, guardou o Turco Mecânico, na esperança de que fosse esquecido, mas o apelo da fama e da fortuna acabou por falar mais alto e Kempelen decidiu levar o seu invento até Paris, à época uma capital do xadrez, onde jogavam mestres como Legall de Kermeur e, acima de tudo, o grande Philidor, de seu nome completo François-André Danican Philidor. Além destes ases, Kempelen alimentava o sonho de que o Turco Mecânico pudesse bater-se com Benjamin Franklin, um fanático do xadrez que chegava a jogar cinco horas seguidas por dia, esquecendo-se de dormir e comer. Não há provas concludentes de que Franklin e o Turco se hajam enfrentado, mas alguma correspondência e certos testemunhos de terceiros fazem crer que sim. Philidor, de seu lado, venceria o Turco com alguma facilidade, mas não deixou de dizer, para alegria de Kempelen, que aquela vitória fora a mais árdua da sua carreira. De resto, Philidor estava convencido de que o Turco não era uma burla, antes um autómato que realmente conseguia pensar e jogar xadrez genialmente, algo que, de resto, o deixou aterrorizado. E o ambiente da época, inebriado pelos recentes prodígios da ciência e da técnica, era propício a que se acreditasse na veracidade da máquina: se, em Junho de 1783, os irmãos Montgolfier tinham erguido aos céus um balão tripulado, não seria possível que um autómato jogasse xadrez com brilho?

Como é evidente, nem isso demoveria os que procuraram, a todo o preço, desvendar o mistério do Turco e perceber como funcionava. Em boa medida, a curiosidade que ele motivava, e que fazia com que multidões de Paris ou Londres pagassem bilhete para o ver actuar, não se prendia tanto com o xadrez explanado no tabuleiro, mas antes em tentar descobrir como é que aquele boneco conseguia jogar tanto e tão bem. Desvendar a fraude converteu-se uma obsessão fanática, motivada, no fundo, pelo mesmo espírito de curiosidade e engenho que levara Kempelen a inventar aquele singular autómato. A hipótese mais ventilada, mas jamais provada, é que haveria um anão genial escondido nos interstícios da escrivaninha, já que seria improvável que uma criança jogasse xadrez àquele nível. Falou-se também, é óbvio, de truques de prestidigitação, artes de ilusionismo, até de magia negra e outras práticas ocultas. Publicaram-se panfletos de denúncia uns atrás dos outros, houve discussões acesas, trocas de argumentos nas cortes reais da Europa, nas academias de ciências, nos cafés da moda. De tempos a tempos, Kempelen retirava o boneco de cena, passava semanas ou meses sem dar um show, algo que para uns confirmava a charlatanice, mas que se poderá ter ficado a dever ao facto de não querer ficar aprisionado à fama do Turco quando tinha outras e mais vastas aspirações inventivas, nomeadamente a sua máquina de falar.

Uma das teorias mais ventiladas pela Europa fora, e que chegou a constar da Encyclopaedia Britannica, garantia que Kempelen, em viagem pela Rússia, conhecera um antigo oficial polaco, que liderara uma revolta contra as tropas do czar e que, em resultado disso, perdera ambas as pernas e que era esse patriota em fuga, de apelido Worousky, que se escondia dentro da máquina. Também se aventou a hipótese de as peças do tabuleiro serem movidas através de magnetismo, mas, durante anos a fio, ninguém conseguiu explicar ao certo como é que o Turco jogava e ganhava - e ganhava tanto, ao longo de tournées que o levaram de Paris e Versalhes até Londres, depois à corte de José II, em Viena, para ser apresentado ao grão-duque Paulo, que convenceu o seu criador a exibi-lo em terras da Rússia, de seguida em Leipzig, Dresden, Amesterdão, Potsdam, onde encantou Frederico, o Grande.

Kempelen morreria em 1804, na sua confortável casa nos arredores de Viena, e, não muito depois, o seu filho vendeu o Turco Mecânico a Johan Mälzel, um músico bávaro louco por autómatos, e ainda mais por dinheiro, que conseguiu a mais ambicionada das actuações: em 1809, no Palácio de Schönbrunn, o Turco Mecânico defrontou Napoleão Bonaparte, que, além de ter tentado fazer batota descarada, acabou derrotado pela máquina. Furibundo, o imperador atirou as peças ao chão, fez uma cena danada, virou-se contra o autómato, golpeou-o diversas vezes, numa exibição tristíssima de mau perder e mau génio.

Em 1811, Mälzel levaria o Turco para Milão, onde jogou com Eugéne de Beauharnais, príncipe de Veneza e vice-rei de Itália, o qual ficou de tal modo fascinado pela máquina que a comprou pela quantia astronómica de 30 mil francos. Anos depois, Mälzel conseguiu reavê-la, pela mesma quantia astronómica de 30 mil francos, introduziu-lhe melhoramentos (através de uma caixa de som, o Turco agora dizia Échec!, sempre que fulminava o parceiro), e levou-a até à América, primeiro Nova Iorque, Boston depois. Entre as multidões que acorreram a ver o prodígio, um jovem jornalista de Richmond, Virgínia, de nome Edgar Allan Poe, que publicaria um longo ensaio sobre "a máquina de xadrez de Mälzel", na qual esquadrinhou as diversas teorias conspirativas sobre o funcionamento do engenho. Diz-se que essa sua utilização racional e sistemática de um método detectivesco, em que as diversas hipóteses iam sendo analisadas e sucessivamente descartadas, o inspiraria na escrita d" Os Crimes da Rua Morgue e para a personagem de Auguste Dupin. Quanto a Mälzel, envolveu-se em acesas disputas judiciais com o seu amigo Beethoven e com dois irmãos americanos que criaram uma cópia do Turco Mecânico, cujo segredo se tornou evidente: graças a um engenhoso dispositivo, o Turco conseguia mesmo albergar um ser humano adulto no interior, que, através de um sofisticado sistema de enorme complicação, movimentava as peças no tabuleiro e vencia os adversários. Vários homens e mulheres foram usados nessa artimanha, mas o mais espantoso é que nenhum deles deu com a língua nos dentes e desvendou o embuste. Também espantoso é o facto de esses homens e mulheres serem jogadores de primeiro plano, capazes de ganharem aos melhores xadrezistas do seu tempo.

Aconteceu, porém, que o jogador que Mälzel tinha ao seu serviço morreu subitamente de febre amarela no decurso de uma tournée por Cuba, e, em resultado disso, o Turco Mecânico ficou fora de jogo. Afundado em dívidas e em querelas judiciais, Mälzel mergulhou no alcoolismo e na depressão, morrendo tragicamente a bordo de um navio ao largo da Venezuela. Quanto ao Turco, seria comprado por John Kearsey Mitchell, o médico pessoal de Edgar Allan Poe, que acabou por doá-lo ao Museu Chinês de Baltimore, onde seria devorado anos depois por um incêndio. Além de Allan Poe, o Turco Mecânico deixaria um profundo lastro cultural na América e na Europa, inspirou o conto Moxon"s Maxter, de Ambrose Bierce, e todo o imaginário da ficção científica, foi citado por Walter Benjamin, serviu de modelo a muitos autómatos xadrezistas, como O Egípcio, Mephisto, American Chess Player ou o espanhol El Ajedrecista.

A história do Turco Mecânico mostra-nos que muitas vezes, mais vezes do que pensamos, a ciência confunde-se com o embuste e a técnica anda de mãos dadas com a fraude, já que ambas nascem e frutificam a partir de uma mesma raiz, a curiosidade humana. Kempelen, que concebeu o autómato xadrezista, foi um prolífico inventor e engenheiro e Mälzel, além de ter criado o Panharmoicon, uma orquestra mecânica, inventou os actuais metrónomos. A inversa também é verdadeira, havendo casos em que é a tecnologia que ajuda a fraude: a popularização do espiritismo, por exemplo, foi potenciada pelo surgimento do telégrafo, pois, se era possível comunicar a longas distâncias, porque não poderíamos falar com os mortos do além?

Não por acaso, Wolfgang von Kempelen dá o nome a um importante prémio informático austríaco, ligado à história da ciência da computação, e, como é evidente, a memória do Turco Mecânico foi evocada em 1996, quando o supercomputador Deep Blue, concebido pela IBM, venceu uma partida de xadrez a Garry Kasparov, naquela que foi a primeira derrota de um humano face a uma máquina. Na época, logo se anunciou o fim próximo da humanidade, um futuro em que seríamos tiranizados por computadores. Falou-se menos do essencial: por um lado, Kasparov perdera apenas uma das partidas, tendo averbado duas vitórias e três empates; por outro lado, e da mesma maneira que Kempelen e Mälzel sempre se recusaram a desvendar o segredo do Turco Mecânico, a IBM declinou os sucessivos pedidos de Kasparov para que fossem fornecidos os registos informáticos da partida. O campeão acusou a empresa de fraude, disse que entre uma partida e outra tinha havido intervenção humana na máquina, clamou por um novo torneio. Mas, também à semelhança do que se passara com o Turco Mecânico, que periodicamente hibernava e saía de cena, a IBM recusou a proposta e optou por enviar o Deep Blue para o estaleiro, onde foi convenientemente desmantelado. Ainda hoje há quem diga que a cena do Deep Blue terá sido não mais do que uma trapaça para aumentar o valor das acções da companhia.

Seja verdade ou não, o certo é que, como notou o filósofo John Searle num ensaio saído na The New York Review of Books, a disputa entre Kasparov e o Deep Blue não constituiu um combate homem vs máquina, já que esta foi, ao cabo e ao resto, também feita por humanos. A disputa travou-se, isso sim, entre um campeão de xadrez e o batalhão de engenheiros e programadores informáticos que construíram uma versão contemporânea do velho Turco Mecânico.

É isso que temos de perceber quando dizemos, e bem, que os computadores dominam o nosso mundo. Na verdade, é insofismável que somos governados pela informática, catalogados e manipulados por algoritmos, tiranizados nos quotidianos pelo digital. Simplesmente, tudo isso é obra e realização humana, posta ao serviço de ambições de poder e de dinheiro tão velhas como a nossa espécie. Os computadores mais não são do que um instrumento e um meio, por sinal poderosíssimos, ao serviço de outros seres humanos e dos seus interesses e o que há de grave não é sermos dominados por máquinas, mas por entidades que não conhecemos, sejam grandes empresas, sejam piratas informáticos, sejam ditadores que se ocultam na sombra. É esta invisibilidade do poder que torna a actual tirania 2.0 tão perigosa e letal, o facto de desconhecermos a identidade e o rosto de quem nos oprime - e de julgarmos, ingenuamente, que o nosso inimigo são máquinas com vontade e inteligência próprias, coisa que não existe (como observou alguém, um supercomputador que continua a jogar xadrez enquanto a sala onde se encontra está a arder em chamas não revela grande inteligência...). Os tiranos clássicos, Hitler ou Estaline, Putin ou Xi Jinping, tinham uma cara e um nome, sabíamos quem eram e onde estavam. Agora, com os computadores e os algoritmos, desconhecemos o inimigo real, quem se esconde e dissimula atrás do Turco Mecânico. O mal nunca está nas máquinas, mas nos homens que as fabricam.

Historiador. Escreve de acordo com a antiga ortografia.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt