O socialismo em Lisboa ou quando as convicções se dobram à fome de poder

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Há bem pouco tempo uma vereadora socialista em Lisboa fez sair um artigo de opinião sobre o estado de Lisboa, onde tece considerações pouco simpáticas (estou, eu, a ser simpático) sobre o presidente Carlos Moedas.

Quiça animada pela proto-candidatura de Marta Temido a Lisboa para as próximas eleições à Câmara da Capital, a tal vereadora destila o seu fel sobre Carlos Moedas acusando-o de tudo e de mais alguma coisa, só faltando acusar o líder dos NOVOS TEMPOS de ser o anti-cristo em pessoa.

Tive o cuidado de ler o artigo todo, embora a cada linha a náusea me invadisse, com um crescendo e profundo lamento acerca do que a política se está a tornar e, especialmente, acerca do que o PS de Mário Soares e Gutteres se está a tornar.

Afastados do poder da Câmara da capital pelo voto livre dos cidadãos, não faltam opiniões de socialistas em tudo o que é sítio, de como esta situação "é apenas um intervalo" ou "os lisboetas já estão arrependidos" ou, pior, rapidamente entrando no escárnio e na vilipendia acerca de Carlos Moedas.

Não é meu papel defender aqui o Presidente da CML - que aliás disso não necessita - mas apenas dar a minha opinião de que a política não pode ser isto.

Diferenças de opiniões, diferenças de rumos e políticas, visões e objetivos, oposição mais ou menos construtiva, tudo isto é lícito e faz parte do jogo democrático. Já a maledicência, a ofensa, a mentira e o bloqueio do trabalho de quem foi eleito, só porque sim e mesmo contra anteriores opiniões dos próprios, não deviam ter lugar nestas lides.

E muito menos o "venham todos, independentemente do que desejam para Lisboa, pois o que interessa é tira-los de lá". É nisto que o PS em Lisboa se transformou.

Este PS não se importa de conjugar, num grupo, gente de opiniões diametralmente opostas, extremismos, os xenófobos-do-bem (como alguém os chamou), os Grilos e Robles da vida e outros que tais, em nome de um denominador comum que é a fome do poder, levando ao extremo a máxima árabe do "inimigo do meu inimigo, meu amigo é".

Mas o cerne da questão está exatamente aqui. Não somos inimigos. Somos adversários.

Mas a fome de poder absoluto deste PS, que tudo quer, a somar à falta de princípios democráticos deste tipo de políticos faz-me pensar que, se calhar, se sentiriam mais em casa se tivessem escolhido uma outra profissão, onde pudessem dar largas a esta sua forma de estar - talvez "compére" (Para quem não sabe, nas lides do teatro este é o nome da personagem satírica que diz mal de tudo - os mais famosos sendo os simpáticos velhotes Statler e Waldorf dos Marretas)

Porque o ódio cega, como diz o povo. E cega não deixando ver que Lisboa está muito melhor, desde que Carlos Moedas foi eleito.

A Lisboa dos NOVOS TEMPOS investe na sua população, como é o caso dos Passes grátis para os transportes públicos, que tornam mais fácil para os jovens e jovens na idade de ouro deslocarem-se pela cidade sem se preocupar com os altos custos de transporte -

principalmente numa altura em que somos esmagados por impostos, e se vislumbram ainda mais para 2024.

A Lisboa dos NOVOS TEMPOS está comprometida em garantir que a saúde de seus cidadãos seja priorizada. Um novo programa de seguros de saúde para quem não tem médico de família foi lançado, garantindo que cada Lisboeta tenha acesso a cuidados médicos, sem se preocupar com os altos custos associados à saúde - principalmente numa altura em que o SNS, fruto de 8 anos de gestão socialista, definha e atravessa o seu ponto mais negro desde 1979.

A Lisboa dos NOVOS TEMPOS também já entregou mais de 1.420 novas habitações e existem outras tantas em construção, para que as famílias lisboetas tenham a esperança de encontrar lares seguros e acessíveis para viver - principalmente agora em que a crise da habitação, acirrada por um coercivo programa governamental que de "Mais" apenas tem o nome, está a dar cabo de um sector que já estava em crise.

Mas talvez o anúncio mais impactante tenha sido o compromisso de investir 540 milhões de euros na habitação em Lisboa. Isso não só acelera a construção de novas moradas, mas também permite que habitações antigas sejam reformadas e revitalizadas.

A Lisboa dos NOVOS TEMPOS, para enriquecer a vida cultural dos Lisboetas, inaugurou já 4 teatros novos, que oferecem entretenimento de classe mundial, mas também servem como locais de expressão artística e reunião para as comunidades locais.

E tantas outras coisas, mais pequenas em dimensão, mas muitas vezes ainda mais importantes em resultados, são feitas todos os dias, com o objetivo único de melhorar a vida das Pessoas.

E que diferença se vive e se respira já nesta Lisboa que eu amo, a Lisboa que viu a minha avó Laura, o meu pai Vasco e que me viu também nascer, crescer, ser pai e avô, em relação á gestão anterior, cujo único objetivo era a perpetuação no poder e os favores às cada vez mais barulhentas minorias, que ,em nome das suas crenças e conforto pessoal, não se importam de infernizar a vida de todos.

E, por falar em infernizar, volto ao início deste texto pois o adjetivo é apropriado.

O PSD, partido onde milito e, ainda mais, ideologia que defendo, traçou a sua linha vermelha em relação a coligações com a extrema-direita. Este PS, já percebemos, já não tem linhas vermelhas. Vale tudo, com todos, a dizer tudo, desde que seja para tomar o poder.

Não pode ser assim. Isso não é política. Tem outro nome.

Presidente Junta de Freguesia de Santo António

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