O nostálgico Natal da rainha D. Amélia

DN de 27 de dezembro de 1949 citava reportagem de jornal francês sobre a viúva de D. Carlos.
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O jornalista Charles Danaaís foi a Versalhes em busca da última rainha de Portugal e descobriu que D. Amélia estava doente. Tinha então 84 anos a viúva de D. Carlos e o exílio em França, nos arredores de Paris, culminava uma vida cheia de ligações traumáticas à causa real, pois o seu próprio nascimento em Inglaterra, em 1865, se devia a pertencer à família Orleães, pouco ou nada amada num país onde Luís Napoleão se transformara de presidente em imperador, imitando o seu famoso tio. Portugal teria sido um destino feliz para a nobre francesa não fosse o regicídio de 1908, quando foram mortos o rei D. Carlos e o príncipe herdeiro D. Luís Filipe. Dois anos depois, a implantação da República fê-la deixar a pátria adotiva juntamente com o filho D. Manuel II, último rei de Portugal.

Contou o jornalista do Ce Soir, citado pelo DN, que em Versalhes chamavam carinhosamente a D. Amélia "a rainha esquecida". Morreu dois anos depois, em outubro de 1951. Viveu os últimos 19 anos sem família próxima, pois D. Manuel II morreu em 1932.

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