O jovem prodígio espanhol que a NBA deseja ver jogar

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Em Agosto de 2006, a selecção de cadetes de Espanha jogava a final do europeu da categoria (sub-16) frente à Rússia em Jaén (Espanha). A poucos segundos do final, os russos somavam mais três pontos que pareciam sentenciar a vitória na competição. Ricky Rubio recebeu um passe do fundo. O jovem correu rápido fugindo dos seus adversários. O cronómetros marcava 3... 2 segundos para o final. A poucos centímetros da linha do meio-campo, saltou com os olhos no aro e disparou. Dois adversários saltam com ele, mas não impedem de concretizar o lançamento que obrigou o jogo a ir para o desempate. Os espanhóis conseguiram dar a volta ao resultado e conquistaram o ouro (110-106).

"É em momentos destes que jogadores normais se transformam em heróis", disse na altura o seleccionador de Espanha, Jota Cuspinera. Foi o jogo de consagração de Ricky [Ricard Rubio Vives] , o mais jovem jogador a competir na liga espanhola, com apenas 14 anos, e hoje com 17, é fundamental na equipa Joventut de Barcelona e o terceiro mais valioso da Liga espanhola de basquetebol, perfilando-se já como o número um para o draft (apuramento) da NBA de 2009.

É a ascensão meteórica de um jovem jogador (base, com 1,92 metros), que começou a dar nas vistas quando, com 13 anos, perante o seu desesperado treinador Xavier Pedrós, que acabara de perder o campeonato de Espanha de infantis (13 anos), lhe fez uma promessa: "Não se preocupe. Para o ano que vem prometo que vamos ser campeões." No ano seguinte liderou o Joventut de Barcelona ao título de Espanha. A história é comparada à de Pelé. O jovem jogador consolou o pai quando o Brasil perdeu com o Uruguai na final do Mundial de futebol no Maracanã em 1950. "Não chores pai. Um dia ajudarei o Brasil a ganhar a copa do mundo", anunciou o lendário futebolista.

Hoje, Ricky Rubio é o mais jovem prodígio do basquetebol espanhol. Não pára de somar títulos: campeão de Espanha de infantis (2004), bronze no Europeu de cadetes (2005), Campeão da Europa da FIBA (2006), ouro no europeu de cadetes (2006). A revista norte americana Slam, a "bíblia" do basquetebol, citando os especialistas, nomeou o catalão como "o melhor jogador do planeta que não está na NBA ". Comparam-no com "Magic" Johnson, Tony Kukov, Drazen Petrovic e Steve Nash. Todavia, o jovem não tem pressa. "Não está obcecado com a NBA . Até porque tem contrato até 2011 e não vai ter problemas em cumpri-lo", afirmou Esteve Rubio , pai do jogador que o protege da pressão "proibindo-o" de dar entrevistas.

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