O céu é o limite para os Capitães da Areia

Novo álbum narra a jornada do grupo pelo espaço sideral, entre encontros cósmicos com estrelas de outras constelações.
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Tudo começa com um normal passeio a pé pela Avenida da República, em que a banda vai parar à livraria do Apolo 70, onde, acidentalmente, acionam um mecanismo que transforma o centro comercial numa nave espacial. Assim tem início a inusitada odisseia intergaláctica dos Capitães da Areia, narrada no novo álbum da banda, A Viagem dos Capitães da Areia a Bordo do Apolo 70, onde a aparente ambição (ou eventual pretensiosismo) de um disco conceptual dá lugar a uma saudável insolência, que, à laia de um space rock revisitado, se transforma numa espécie de enredo de revista à portuguesa, com muitas peripécias à mistura.

Já regressados a terra firme, o núcleo duro da banda, os capitães Pedro, António e Tiago (a quem mais recentemente se juntou Inês), revive agora toda a viagem que resultou no novo disco, editado este mês e aprovado com elevada distinção na sempre difícil prova do segundo disco.

Depois de se terem dado a conhecer em 2011 com o aclamado O Verão Eterno d"Os Capitães da Areia, um disco feito de uma pop luminosa, que agora dá lugar a uma outra, mais cósmica, chamemos-lhe assim, marcada por um certo psicadelismo e eletrónica retro. "Os discos são uma espécie de polaroide do que nós somos em determinada altura e isto é como somos agora. Quando ouvirmos este disco daqui a uns anos vamos sentir isso, tal como sentimos agora, ao ouvir o anterior", explica o vocalista Pedro de Tróia, 26 anos, desvalorizando o "formato conceptual" do álbum: "Foi uma brincadeira que fizemos, sem pensar se era ou não conceptual. A verdade é que podíamos ter continuado até a fazer um disco de três horas, mas já não aparecíamos há muito tempo e tínhamos muitas saudades de tocar."

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