Novo disco de Maria João Pires aborda últimos anos de Chopin

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Música. Regresso após três anos

CD duplo tem lançamento agendado para dia 15, na Deutsche Grammophon

Está aí o novo disco de Maria João Pires. Segunda-feira, dia 15, é o dia estabelecido pela editora, a Deutsche Grammophon (DG), para o lançamento internacional de maria joão pires CHOPIN, título deste duplo CD contendo obras que Fryderyk Chopin (1810-1849) compôs nos últimos cinco anos da sua vida.

Já há três anos que a pianista portuguesa não gravava. A última edição de originais sua datava de Janeiro de 2005, ano em que a DG editou um disco (também duplo) com obras de Schubert para piano solo e a quatro mãos (nestas, com o brasileiro Ricardo Castro). Desde então, a etiqueta do selo amarelo fizera quatro edições, sendo três reedições (uma das quais foi a dos Nocturnos de Chopin, gravação de 1996, que foi um dos seus maiores sucessos comerciais de sempre) e uma compilação.

A relação de Maria João Pires com a DG iniciou- -se em 1989 (após 15 anos na francesa Erato) com discos dedicados a dois dos seus compositores predilectos: Mozart e Schubert. Desde então, o seu catálogo alargou- -se até às três dezenas (vários deles premiados pela crítica da especialidade), com um claro predomínio do quinteto formado, para além dos dois austríacos acima mencionados, por Schumann, Beethoven e Chopin.

Outros compositores abordados foram J.S. Bach, Brahms, Franck, Debussy, Ravel e Grieg, todos excepto Bach apenas em obras de música de câmara.

Carreira nos palcos

A solo, em música de câmara ou com orquestra, a pianista prossegue a sua carreira nos palcos (retomada após o percalço de saúde que sofreu em Março de 2006, em Espanha), embora ao ritmo que a própria determina, sobretudo desde que iniciou o centro de Belgais (perto de Castelo Branco), em 1999, cujos princípios "exportou" entretanto para centros congéneres em Salamanca e na Bahia (onde fixou residência há dois anos).

Artista associada do CCB, aí actuará por três vezes ao longo da temporada, a primeira das quais já no dia 19 (Grande Auditório, 21.00): um serão Beethoven com dois "convidados": Pavel Gomziakov e o tenor inglês Rufus Müller.

No final do mês e início de Outubro, toca Beethoven com a London Chamber Orchestra em Londres e em três cidades espanholas e, de 8 a 10 de Outubro, faz três concertos em Berlim, com a Filarmónica (dirigida por Trevor Pinnock), tocando o Concerto n.º 9 de Mozart.

As próximas visitas a Portugal (ao CCB) dão-se a 16 de Janeiro, para um recital centrado neste disco; e outro, a 9 de Abril, dedicado a Haydn e a Mendelssohn, autores dos quais passam efemérides em 2009.

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