Noronha Lopes revela que não se vai candidatar à presidência do Benfica
O antigo candidato à presidência do Benfica, João Noronha Lopes, convocou esta quinta-feira a comunicação social para anunciar que não será candidato às próximas eleições do clube, agendadas para 9 de outubro.
"Na noite da eleição disse que não seria candidato. Falei verdade. Ponderei seriamente a possibilidade de me candidatar de novo. Tomei a decisão de não me candidatar. Foi uma das decisões mais difíceis da minha vida", afirmou o empresário, em conferência de imprensa.
O gestor, vice-presidente de Manuel Vilarinho nas águias entre 2000 e 2001, alegou razões de caráter pessoal e profissional para não ir a sufrágio, mas deixou críticas a Rui Costa enquanto dirigente.
No domingo, o ex-candidato deixou um forte ataque ao timing do novo ato eleitoral do clube da Luz, lamentando que ainda não estejam definidas as condições que que vai decorrer a campanha e o próprio ato eleitoral.
"Desengane-se quem pensa que a saída de Luís Filipe Vieira fez regressar a cultura democrática ao Benfica. A pior face do Vieirismo continua bem presente, na atual direção e neste presidente da MAG. Um ato eleitoral não se planeia com taticismos delineados ao sabor de resultados desportivos e a democracia não se cumpre porque alguém respeitou uns prazos sem respeitar mais nada", escreveu Noronha Lopes nas redes sociais.
Nas eleições de 29 de outubro de 2020, quando foi derrotado pelo antigo presidente Luís Filipe Vieira (62,59%), Noronha Lopes obteve 34,71% dos votos.
Luís Filipe Vieira renunciou à presidência dos encarnados em 15 de julho último, após ter sido eleito pela primeira vez para o cargo em 2003 e ter-se tornado no presidente com mais tempo na liderança do Benfica.
Vieira foi um dos quatro detidos no processo Cartão Vermelho, que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado, SAD do clube e Novo Banco.
O antigo futebolista Rui Costa, antigo administrador da SAD e vice-presidente na direção de Vieira, assumiu a liderança do clube e da SAD, defendendo a marcação de eleições até ao fim do ano.