Os dados são da Declaração Anual sobre o Estado do Clima 2013, hoje divulgado pela OMM, que conclui que "muitos dos eventos extremos de 2013 são consistentes com o que seria de esperar como resultado das mudanças climáticas induzidas pelo Homem"..Segundo o documento, as temperaturas na América do Sul foram dominadas pelo calor na maior parte do continente, embora tenha havido exceções a esta tendência no noroeste do continente, com temperaturas mais baixas do que a média..O nordeste do Brasil, conhecido por ser um dos lugares mais secos do continente, viu este fenómeno agravar-se consideravelmente no ano passado..Segundo o relatório, aquela região sofreu a pior seca dos últimos cinquenta anos..Um fenómeno que se seguiu a uma seca permanente da zona amazónica na década de 2001 a 2010, acrescentou a OMM..O organismo da ONU destaca que o planalto brasileiro sofreu o maior défice de chuva desde 1979, o que levou a custos que superaram os 8.000 milhões de dólares (5,8 mil milhões de euros)..Na Argentina, um período extremamente quente de outubro a dezembro, incluindo o dezembro mais quente desde que se realizam estatísticas, contribuiu para que 2013 fosse o segundo o ano mais quente, depois de 2012, desde que há registo..O centro e o norte da Argentina sofreram a onda de calor mais intensa desde 1987..Outro fenómeno extremo que atingiu a Argentina em 2013 foram as inundações da cidade de La Plata, que causaram 50 mortos..A 02 de abril de 2013 a cidade viu cair 300 milímetros de chuva em apenas três horas, provocando um dos piores desastres meteorológicos da história do país..O relatório recorda que muitos estados do Brasil também sofreram chuvas intensas em dezembro e que sete cidades alcançaram recordes..A cidade de Aimorés, no sudeste do país, por exemplo, registou quatro vezes a chuva média para dezembro.