MP admite que só há prova contra dois dos seis acusados
Nas alegações finais de mais este processo do dossiê "Noite Branca", relativo à espiral violenta que marcou a noite do Porto em 2007, a procuradora reconheceu que não se poderia condenar os arguidos Tiago Nogueira ("Chibanga") Miguel Silva ("Palavrinhas"), Ângelo Ferreira ("Tiné") e Augusto Soares porque falhou, em audiência, a confirmação do depoimento que a testemunha Cláudio Pereira prestara em fase anterior do processo.
"Perante esta atitude, por muito nos custe -- e custa-nos, porque está em causa uma vida - não existem provas", admitiu.
Já quanto a Bruno "Pidá" e Mauro Santos, "foram produzidos elementos de prova que o tribunal não poderá deixar de valorar", acrescentou.
A procuradora disse ainda que o MP não avançou para a acusação "por capricho", mas porque estava convicto de que "a condenação era inevitável", se se provassem em audiência todos os indícios recolhidos em inquérito.
Aurélio Palha foi morto a tiro na madrugada de 27 de Agosto de 2007, no auge de uma espiral violenta envolvendo figuras ligadas à noite do Porto, quando se encontrava à porta da sua discoteca do Porto, a Chic, à conversa com o segurança Alberto Ferreira, que mais tarde também foi assassinado.
Pelo assassinato do empresário Aurélio Palha foram pronunciados Bruno "Pidá", Mauro Santos, Tiago Nogueira ("Chibanga") Miguel Silva ("Palavrinhas"), Ângelo Ferreira ("Tiné") e Augusto Soares. Aos mesmos arguidos foi imputada a tentativa de homicídio do segurança Alberto Ferreira, que conversava com o empresário no momento do crime e que, alguns meses depois foi, também ele, vítima de assassinato.
Durante a tarde de hoje, decorrem as alegações das defesas.