A estreia promissora de Miguel Oliveira em MotoGP

Piloto português, o primeiro a competir em MotoGP, conseguiu o 17.º lugar, à porta dos pontos, na prova inaugural ganha por Dovidioso, no Qatar
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Miguel Oliveira, aos comandos de uma KTM, andou durante muito tempo nos lugares pontuáveis (15.º para cima), mas acabou por perder gás e terminar no 17.º lugar, o mesmo de que partiu para a prova inaugural do Mundial de MotoGP.

O almadense de 24 anos rodou no 13.º lugar, à frente dos pilotos oficiais da marca (Pol Espargaró e Johann Zarco), mas acabou por ter uma ponta final menos conseguida e ficou fora dos pontos. Uma promessa de que se vai continuar a superar? Miguel Oliveira acha que sim.

"Estou desapontado, porque sei que poderia ter terminado nos pontos e isso não aconteceu. Foi muito difícil gerir a corrida, mas pelo menos estou satisfeito por ter terminado, diverti-me muito e reuni boas informações. Vamos apontar à próxima prova", disse o piloto a propósito das contrariedades.

"A corrida foi muito interessante. O motor parou quando estava na grelha de partida e tive de passar pelas boxes, acabando por partir em último. No entanto, isso acabou por não afetar em nada a corrida. Fiz uma boa partida e uma boa primeira volta e tentei acompanhar o grupo do Aleix Espargaró e do Takaaki Nakagami", contou, sobre a fase em que subiu a 13.º.

"Depois, a sete ou oito voltas do fim, senti uma grande quebra no pneu, comecei a sentir-me a escorregar e com muito vibração na traseira. Honestamente, cheguei a pensar que o pneu ia explodir. Como é óbvio, não podia fazer muito mais", concluiu já de olho no 31 de março (GP Argentina).

No circuito de Losail (Qatar), Miguel Oliveira estreou a bandeira portuguesa em MotoGP, embora não seja o primeiro luso a correr na prova rainha do motociclismo de velocidade. Felisberto Teixeira participou por convite no Grande Prémio de Espanha de 1998, em Jerez de la Frontera, no campeonato de 500cc, antecessor do MotoGP.

Antes de chegar ao MotoGP, Miguel Oliveira foi vice-campeão do mundo nas duas categorias inferiores, em Moto3, em 2015, e em Moto2, em 2018, tendo vencido 12 corridas (seis em cada classe), subido 34 vezes ao pódio e alcançado quatro 'pole positions'.

Dovizioso bate Márquez

O vencedor do primeiro grande prémio da temporada foi o italiano Andrea Dovizioso (Ducati), que bateu sobre a meta o espanhol tricampeão mundial Marc Marquez (Honda), segundo colocado, a 23 milésimos de segundo.

Cal Crutchlow (Honda) fechou o pódio, ganhando outro duelo faiscante, no caso a Alex Rins (Yamaha). O veterano e consagrado Valentino Rossi (Yamaha) partiu da 14.ª posição, mas conseguiu chegar ao 5.º lugar, enquanto que Jorge Lorenzo (após problemas na qualificação, partiu em 15.º) acabou em 13.º. Maverick Viñales, que partiu da pole position, terminou em 9.º.

Num mano-a-mano emocionante, o espanhol, atual campeão mundial, conseguiu ultrapassar o italiano, que na última curva recuperou o primeiro lugar.

A próxima prova do mundial disputa-se a 31 de março na Argentina, em Termas de Río Hondo.

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