Morreu a actriz Farrah Fawcett, símbolo sexual 70s

Actriz de 'Os Anjos de Charlie' tinha 62 anos e sucumbiu a um cancro diagnosticado em 2006. Ficou conhecida graças a um 'poster' onde surgia de fato de banho vermelho.<br />
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A actriz americana Farrah Fawcett, que nos anos 70 se tornou famosa com um poster em que posava num fato de banho vermelho e de longo cabelo louro ondulado, e que vendeu mais do que posters semelhantes de Marilyn Monroe e Betty Grable juntos, morreu ontem em Santa Monica (Califórnia), de cancro nos intestinos, aos 62 anos.

A intérprete da série de televisão Os Anjos de Charlie (1976-1980), actualmente em repetição na RTP Memória, lutava contra o cancro desde 2006. Fawcett registou o dia-a-dia deste combate no documentário Farrah's Story, exibido em Maio na NBC e visto por nove milhões de espectadores.

Em 2007, os médicos haviam-na declarada curada, mas o cancro voltou a manifestar-se. A actriz tinha-se ainda submetido a tratamentos alternativos na Alemanha.

Os Anjos de Charlie, também com Kate Jackson e Jaclyn Smith, tornou-se numa fenómeno de popularidade imediato, e dividiu os comentadores e críticos sobre se se tratava de uma série com influências feministas, ou de uma mera montra para os dotes físicos das três intérpretes. Mas transformou Farrah Fawcett, que fez apenas uma temporada, num dos símbolos sexuais da década de 70, e da televisão dessa era.

Um crítico escreveu que ela representava "uma nova ênfase na feminilidade depois da androginia dos anos 60 e do início de 70". E a Playboy chamou-lhe "o primeiro símbolo visual de massas da sexualidade arejada pós-neurótica".

Natural do Texas, Farrah Fawcett deixou a universidade para tentar a sorte em Hollywood, onde começou por fazer anúncios e pequenos papéis na televisão e no cinema. Em 1973, casou-se com Lee Majors, o intérprete da série The Six Million Dollar Man, após entrar nela. A fotografia do poster que a tornou conhecida foi tirada em casa do casal. Divorciaram-se em 1982. Juntar-se-ia depois a Ryan O'Neal, do qual teve um filho, em 1985, mas nunca se casaram. Fawcett tinha recentemente aceite um pedido de casamento de O'Neal (ver caixa).

Após Os Anjos de Charlie e alguns maus papéis no cinema, a actriz distinguiu-se na minissérie Murder in Texas (1981) e no telefilme The Burning Bed (1984), onde fazia uma mulher vítima de violência doméstica, numa interpretação muito elogiada e nomeada para um Emmy. Em 1983 apareceu na peça Extremities, no papel de uma vítima de violação em busca de vingança. Entrou também na adaptação ao cinema, em 1986. Em 1997, distingiu-se no filme O Apóstolo, de e com Robert Duvall.

Em 2005, a reality series Chasing Farrah foi um fracasso, e um crítico escreveu que Farrah Fawcett era "o exemplo vivo de uma actriz com talento cuja carreira se transformou numa paródia devido a decisões erradas".

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