Dois dos três serviços de segurança e intelligence do Reino Unido estão directamente envolvidos na luta interna contra a Al-Qaeda o Serviço de Segurança (MI5, dependente do Ministério da Administração Interna) e o organismo responsável pelos sistemas de comunicações governamentais e de escutas (GCHQ, sigla em inglês, dependente do Ministério dos Negócios Estrangeiros). Há ainda uma Equipa de Terrorismo Financeiro (TFT), criada semanas depois dos ataques de Setembro de 2001..O MI5, o GCHQ e o MI6 (serviços secretos e terceiro pilar do sistema) dividem um orçamento comum, cujo crescimento para os anos seguintes foi aprovado em meados do ano passado (mais 1,881 milhões de euros para 2004/2005 e 1,967 milhões de euros em 2005/2006)..O MI5 é responsável por proteger o país contra as ameaças à sua segurança, enquanto o GCHQ tem duas missões obter intelligence (por meios electrónicos) e garantir a segurança dos sistemas de comunicações e informações. .Noutro plano, também a Polícia Metropolitana e alguns dos seus departamentos especiais (com capacidade para vigiar e obter intelligence) actuam contra o terrorismo islâmico radical..Esses instrumentos operacionais actuam no quadro de uma estratégia antiterrorista de longo prazo, chamada CONTEST, de-senvolvida pelo Governo de Tony Blair segundo quatro linhas de acção prevenção (de novos ataques), perseguição (de terroristas), protecção (contra novas ameaças) e preparação (para as consequências dos ataques)..Sendo um alvo preferencial da Al-Qaeda, que terá 40 potenciais agentes prontos a actuar no Reino Unido (segundo especialistas citados pelo diário The Guardian), as autoridades criaram igualmente mecanismos de alerta e apoio específico - linhas telefónicas ou sites na Internet - para quem vive, trabalha ou visite Londres..Manuel Carlos Freire