Menezes quer Leonor Beleza em Belém

Ex-presidente do PSD diz que Marcelo, Durão Barroso ou Rui Rio "têm anátemas" pelo que se deve saltar "para a arena do adversário", "imitando" a escolha de Guterres "e depois fazendo a diferença".
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O ex-presidente da Câmara de Gaia, candidato derrotado do PSD à autarquia do Porto e antigo presidente do PSD já tem um nome para a Presidência da República que seja apoiado pelos sociais-democratas: Leonor Beleza.

A atual presidente da Fundação Champalimaud é quem melhor responde, na opinião de Luís Filipe Menezes, a uma possivel candidatura (na área socialista) de António Guterres. Por oposição aos nomes que têm sido atirados para a praça pública da área social-democrata.

"É verdade que o PSD tem, na teoria, um naipe de bons candidatos. De Marcelo, o meu preferido, a Barroso e terminando em Rui Rio", escreve num artigo de opinião, na edição desta quinta-feira do Jornal de Notícias, com o título "Cherchez la femme" (Procurar a mulher). Mas, indica o ex-autarca, aqueles três nomes "têm os mesmos anátemas". E explica: "Ou estão ligados a insucessos políticos recentes, ou podem ser sempre etiquetados de serem mais ou menos ligados à nomenclatura de aparelho."

O PSD precisa de dar o salto perante estes nomes. "Salte-se para a arena do adversário. Imitando e depois fazendo a diferença. Escolha-se alguém que ao contrário de Guterres, tenha mesmo abandonado há muito a política ativa. Escolha-se alguém com boas provas dadas na governação, mas com iguais ou melhores já prestadas na sociedade civil. Alguém enérgico, corajoso, mas com perfil humanista de centro-esquerda. Alguém que faz o pleno na base social de apoio do CDS e do PSD, que pesca na área socialista e agrada ao atual presidente da República."

A conclusão com este perfil desenhado só pode ser uma, afirma: "O país nunca teve uma mulher primeiro-ministro eleito ou presidente da República. Também por aí se vincaria uma diferença positiva. E o PSD tem quem preencha por inteiro estes requisitos. Leonor Beleza."

As eleições presidenciais terão lugar em janeiro de 2016. António Guterres nunca foi muito claro sobre uma eventual candidatura a Belém. Numa declaração feita para um livro sobre Jorge Coelho e antecipada a 13 de maio pela revista Sábado, afirmou que "há sempre uma probabilidade, mesmo que mínima, de isso acontecer".

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