"Eu sou completamente imparcial. Limito-me a ser o árbitro, dirigir o jogo. Assumo essa responsabilidade, dirigir o jogo com estas regras muito claras - sondagens e ouvir os dirigentes - e colocar numa ata o que ouvir e fazer isto tudo muito rápido", afirmou à agência Lusa, à margem da reunião, ainda a decorrer, da concelhia do PSD/Gaia para apresentação e votação do perfil do candidato à câmara que deverá ser aprovado..O perfil apresentado, explicou, é "muito genérico" e no qual "encaixariam dezenas de pessoas", a fim de não ser "dirigido a ninguém em particular"..O candidato do PSD a Gaia deverá, segundo a fonte, ter experiência profissional consistente com aquilo que são as exigências da sociedade civil, ter uma postura e atitude que o identifiquem com uma visão social-democrata, ter conhecimento aprofundado sobre Gaia, ter experiência no exercício de funções autárquicas, ter abertura para abrir a candidatura a outros movimentos como o CDS-PP e ter um bom relacionamento institucional com as direções políticas concelhia, distrital e nacional bem como o seu Governo..Menezes frisou, porém, que, preenchidos esses requisitos, "aquilo que vai condicionar o processo de opção são outro tipo de questões, uma delas estudos de opinião", já encomendados, e que são "suficientemente latos para serem de confiança".."E depois, uma segunda questão, que é de ouvir a opinião dos principais dirigentes", acrescentou o também presidente da câmara de Gaia e candidato à do Porto, comprometendo-se a "ouvir um a um os 30 a 40 dirigentes mais destacados (presidentes de junta, membros da comissão política, líder parlamentar, presidente da assembleia municipal e vereadores)"..Ainda que sem querer especificar datas, o autarca e líder concelhio "gostaria de ver este assunto encerrado esta semana"..Sobre a decisão do seu ex-vice e atual secretário de Estado, Marco António Costa, de prosseguir no executivo, e não se candidatar a Gaia, Menezes afirmou não ser um "revés para ninguém"..Marco António Costa era um "candidato muito forte e fazia com que tudo fosse mais tranquilo e mais certo e mais seguro, mas a opção dele é uma opção livre, muito respeitável, não há que fazer disso um drama", afirmou o autarca que considera existirem no PSD "boas condições" para "vencer as eleições com outros candidatos em Gaia"..Menezes disse ainda que depois de feita a escolha do candidato a Gaia a sua posição na liderança da concelhia será mais de retaguarda e "resguardada", cingindo-se a uma "situação de quase de rainha de Inglaterra", tendo em conta a sua própria candidatura ao Porto.