Medidas de coacção da 'Máfia do Oeste' pela noite dentro

Giovanni Lore vai permanecer detido até ser decidida extradição, por pender sobre ele um mandado internacional de captura.
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Os seis detidos pela Polícia Judiciária (PJ) no âmbito da "Operação Máfia do Oeste" estiveram ontem no tribunal de Leiria até de madrugada para ouvir as medidas de coacção, que à hora de fecho desta edição ainda não eram conhecidas. Cerca das 22.30, os detidos não tinham sequer abandonado as celas e já depois da meia-noite é que terão ouvido a decisão do juiz de instrução. Seja qual for, Giovanni Lore permanecerá detido até porque será extraditado por sobre ele pender um mandado internacional.

O primeiro a chegar ao tribunal foi João Pedro, empresário de Riachos, detido na operação. Pouco depois era a vez de um dos italiano ser conduzido pelo agentes, seguindo-se Giovanni Lore, Daniel Camarata e Antonino Pisciota. O proprietário do café Vitorinos foi o último a entrar nas instalações do tribunal.

Os dois portugueses que foram detidos pela Polícia Judiciária de Leiria foram colocados em liberdade, mas foram ontem ao Tribunal de Leiria para ouvir novas medidas de coacção.

João Pedro, empresário de uma empresa de produtos congelados dos Riachos, Torres Novas, segundo a PJ apurou, teria negócios com Giovanni Lore. O italiano usaria o empresário para "lavagem" de dinheiro de negócios menos lícitos.

José Vitorino, proprietário do café Vitorinos, em Santarém, também esteve ontem em tribunal. Giovanni Lore e os outros três italianos detidos neste processo eram visitas frequentes do seu estabelecimento.

Este empresário já tinha sido anteriormente investigado pela PJ por supostas ligações a Franclim Lobo, um dos maiores traficantes de droga português. José era, para os investigadores, suspeito de liderar uma célula de tráfico de droga a partir de Santarém. Nesse processo, as acusações não foram provadas em tribunal e José foi considerado inocente. Os seis homens foram detidos quinta-feira, quatro no Bombarral, um em Torres Novas e outro em Santarém. São suspeitos da prática dos crimes de associação criminosa, burla qualificada, branqueamento de capitais, receptação e furto de veículos. Começaram a ser ouvidos na tarde de sexta-feira.

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