Os medicamentos a preço antigo, ou seja, sem redução de 6%, vão poder ser vendidos no mercado por mais 15 dias do que o previsto, para evitar rupturas de stocks ..Ontem, ao fim do dia, o Infarmed anunciou que até 15 de Novembro a distribuição e farmácias poderão escoar os remédios sem aplicar o desconto previsto, desde que seja superior a 18 cêntimos. Uma das razões avançadas é evitar uma ruptura de stocks, especialmente das vacinas da gripe. .Depois de um mês de corrida às farmácias para aproveitar os remédios com comparticipações maiores, a entrada em vigor das novas regras fez cair ontem a procura. "Desde o final de Setembro que houve sempre muito movimento e muitos dos genéricos esgotaram", explica Leonor Sá, uma das funcionárias da Farmácia Garantia, no Porto. "As pessoas traziam muitas receitas, levavam medicamentos para meio ano." E adianta que "tendo o utente uma receita não se pode fazer nada"..Os antidepressivos e medicamentos para o estômago foram os que levantaram mais dúvidas. Medicamentos como o Zyprexa e o Seroquel, por exemplo, tinham comparticipação a 100%. "Agora os doentes pagam 10%", explica..Também na Farmácia Antunes, os últimos dias foram de muita procura e de alguma revolta. "As pessoas não ficam satisfeitas", conta uma funcionária. O efeito da baixa de 6% é anulada para doentes com cortes nas comparticipações. Mas a ministra da Saúde diz que, se os médicos receitarem genéricos, os utentes não sentirão os aumentos.