No Rio de Janeiro, grupos de manifestantes, supostos integrantes do Black Blocs (com as caras cobertas), tentaram invadir a Câmara e entraram em confronto com a polícia, que lançou gás lacrimogénio para os dispersar. Estes grupos usaram marretas e pedras para partir montras de lojas e vidros das cabines telefónicas, queimaram sacos do lixo e lançaram alguns cocktail molotov..Nas ruas, estariam, segundo a polícia, cerca de 10 mil pessoas, e, segundo os organizadores, 50 mil. Os professores, sem concordar com a violência, acabaram por dispersar..No Rio de Janeiro, os professores estão em greve há dois meses contra o novo plano de cargos e os salários que lhes estão a ser oferecidos. Cerca de 60 mil alunos estão a ser afetados pela paralisação..Os sindicatos alertam que o novo plano para a carreira docente só afeta 7% dos professores (aqueles que trabalham 40 horas por semana na mesma escola). Atualmente, ganham 25 reais (8 euros) por hora..Antes da manifestação, o presidente da Câmara da cidade, Eduardo Paes, lamentou a radicalização do protesto, numa entrevista à Rádio Globo. "Entendo que os professores têm que ganhar mais, mas o que peço é que os professores conheçam o plano, se aprofundem no que foi aprovado", disse. O autarca lembrou ainda que no Rio de Janeiro se chega a pagar o maior salário de professor do Brasil. .O apelo não resultou e, à hora marcada, as várias manifestações começaram a formar-se. Uma frente ao Tribunal de Justiça, que considera a greve ilegal; outra na Candelária, que tinha como objetivo protestar contra a violência policial sobre os professores..Em São Paulo, também se verificaram confrontos.