Manifestantes contra e a favor da Presidente Dilma Rousseff, que enfrenta um pedido de afastamento do cargo, participam em protestos hoje, Dia do Trabalhador, em pelo menos 15 estados brasileiros..Os maiores protestos ocorrem em São Paulo, capital financeira do Brasil, e estão divididos em três eventos: da Força Sindical (pró-destituição da Presidente), da Central Única dos Trabalhadores (contra a destituição) e da Conlutas (por novas eleições), de acordo com o portal de Internet G1, da rede Globo..O evento organizado pela CUT contou com a presença da Presidente, Dilma Rousseff, que anunciou várias medidas de apoio aos trabalhadores..Era também esperado um discurso do ex-Presidente Lula da Silva, que entretanto foi cancelado, segundo a imprensa brasileira..O evento da Força Sindical na mesma cidade contou com discursos de vários deputados da oposição que votaram a favor do 'impeachment' (impugnação) da Presidente na Câmara dos Deputados (câmara baixa)..Segundo a rádio CBN, alguns deputados foram vaiados pela duração dos discursos, que interromperam os espetáculos. É também esperado um sorteio de carros, de acordo com a mesma rádio..Na Avenida Paulista, milhares gritaram "fora, Dilma, Temer, Renan, Cunha, Aécio, Serra, Alckmin e todos", além de pedirem a realização de novas eleições, escreve o G1..Segundo a mesma fonte, em Belém, manifestantes pró-'impeachment' que apoiam o deputado Jair Bolsonaro (Partido Social Cristão) e grupos pró-Dilma trocaram ofensas..Jair Bolsonaro, que causou polémica ao homenagear o agente da ditadura Brilhante Ustra (militar reconhecido pela Justiça como torturador) quando votou pelo 'impeachment', encontrou-se com cerca de 200 manifestantes junto à sua residência no Rio de Janeiro.."Ustra não é nada perto da canalhada que está no poder e o que estão fazendo com o meu querido Brasil", disse o deputado, acrescentando que vai lutar para tirar o vice-presidente Michel Temer do poder e que pretende candidatar-se em 2018..O vencedor do prémio Nobel da Paz de 1980, o argentino Adolfo Pérez Esquivel, participou num evento contra o 'impeachment' em Porto Alegre..Após a aprovação do pedido de 'impeachment' da Presidente ter passado na Câmara dos Deputados a 17 último, cabe agora ao Senado (câmara alta) decidir se aprova a abertura do processo..Se tal acontecer, a Presidente será afastada por um período de até 180 dias, durante o qual o vice-presidente assumirá temporariamente a Presidência.