Manifestação pelas urgências junta mais de 300
"A saúde é um direito! Sem ela nada feito" e "O povo unido mantém as urgências abertas" foram algumas das palavras de ordem durante o protesto promovido pelo Movimento de Cidadãos em Defesa da Saúde de Loulé.
A manifestação começou em frente ao edifício da Câmara Municipal e acabou no Centro de Saúde desta cidade, num total de cerca de dois quilómetros.
Entre os manifestantes viam-se, na frente da marcha, duas pessoas em cadeiras de rodas, uma delas a apitar, juntando-se ao coro de protestos. Já no parque de estacionamento daquela unidade de saúde foi formado um cordão humano. Num dos cartazes exibidos podia ler-se "Queremos as urgências a funcionar a cem por cento" e noutro "Afinal... quem gere as urgências de Loulé? A ARS ou o Centro Hospitalar do Algarve? Decidam-se!"
À porta do Centro de Saúde cinco militares da Guarda Nacional Republicana garantiam a ordem pública, de forma a evitar a entrada dos manifestantes. Entre estes encontrava-se o presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo.
Uma enfermeira deslocou-se ao exterior para falar com as pessoas, mas acabou por recusar fazê-lo devido à presença dos jornalistas. Pouco depois, foi entregue uma carta na receção do Centro de Saúde, exigindo a manutenção das urgências e o seu funcionamento a cem por cento. "Isto é terra de ninguém...", desabafou ao DN João Martins, um dos promotores da iniciativa, que pretendia ser recebido pelo principal responsável da unidade.