Valéria Zoppello tem hoje 42 anos e é fotógrafa. Em entrevista à revista Veja, contou que ainda tem bem presente na memória tudo o que viveu com o vocalista da banda Mamonas Assassinas e revelou que ainda não abriu todas as cartas que recebeu, após a morte dos músicos, a 2 de março de 1996.."É uma história triste, uma tragédia. Até eu morrer, se não perder a memória, vou lembrar disso", disse a ex-manequim, que conheceu Dinho num bar, quando tinha 21 anos e ele 24..O namoro durou apenas oito meses - até à morte do cantor, mas ainda hoje Valéria se relaciona com a família de Dinho..Quando conheceu o músico, deixou a faculdade, deixou de fazer tantos trabalhos de modelo e viajava com a banda sempre que podia. "A gente morava em aviões e hotéis". Valéria e Dinho chegaram a falar em casar e ter filhos e ela estava sempre ao lado do namorado, em entrevistas e espetáculos. "Eles [a banda] estavam vivendo o melhor momento da vida deles", recorda Valéria. "Era um grande sonho.".Depois da morte trágica do namorado, Valéria foi piloto de automobilismo, modelo e atriz e ainda morou alguns anos em Itália. Nunca casou e decidiu não ter filhos..No dia 2 de março de 1996, a banda voava de Brasília para São Paulo. No dia seguinte iriam viajar para Portugal para promoverem o seu disco. Dinho telefonou à namorada para avisar que chegariam dentro de uma hora e quarenta minutos.."O avião estava atrasado, eu comecei a ficar agitada, o pai do Dinho também", disse. "Foi confuso, não tenho certeza do que aconteceu a partir daí. O avião dos músicos caíra na Serra da Cantareira, em São Paulo, onde Valéria agora vive.