Mais ricos do Brasil concentraram quase metade do rendimento criado em 2016

Um estudo divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que os 10% mais ricos da população do país concentraram 43,4% dos rendimentos gerados em 2016.
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Do lado contrário, os 10% dos brasileiros mais pobres ficaram apenas 0,8% do total dos rendimentos gerados no mesmo período.

"O Brasil já é considerado um dos países com as maiores desigualdades de renda (rendimentos) no mundo, mas este estudo enfatiza ainda mais a desigualdade que existe no país", disse a pesquisadora do IBGE e coordenadora do estudo, Maria Lucia Vieira.

O número correspondente a 1% dos trabalhadores que auferem os maiores salários recebeu mensalmente, em média, 27,8 mil reais (7,2 mil euros), um valor 36,3 vezes superior ao rendimento mensal médio recebido por metade da população brasileira, que ficou nos 747 reais (194,4 euros).

A análise do IBGE mostrou ainda o rendimento médio mensal dos brasileiros (que agrega o rendimento oriundo de todos os trabalhos e de outras fontes) no mesmo período foi de 2.053 reais (530 euros).

A diferença entre o salário pago a homens e mulheres também apresentou um contraste significativo.

Segundo o IBGE, as mulheres receberam em média 1.836 reais (480 euros), ou seja, salários 22,9% mais baixos do que os pagos aos homens, cuja remuneração média ficou em 2.380 reais (620 euros) em 2016.

A população brasileira é atualmente de 205 milhões de pessoas.

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