Maioria de ataques por cães não registados
Em Portugal estão inscritos perto de 5.500 cães de raças perigosas e existem ainda cerca de mil animais referenciados como perigosos por terem atacado pessoas ou mostrado sinais de agressividade não controlada. Mais de metade dos cães pertencentes a raças potencialmente perigosas concentra-se em Lisboa (1.656), Porto (1.015) e Faro (1.003). A polícia, porém, acreditam existirem muitos mais animais que escapam ao controlo das autoridades.
De acordo com a legislação portuguesa, há sete raças caninas consideradas perigosas ou potencialmente perigosas - cão de fila brasileiro, dogue argentino, pit bull terrier, rottweiller, staffordshire terrier americano, staffordshire bull terrier e tosa inu. Todos estes animais não podem circular na via pública sem açaime, devendo ainda ser conduzidos por indivíduos maiores de 16 anos. A infracção das normas implica o pagamento de coimas que podem ir dos 25 aos 3700 euros.
A Lei obriga ainda os donos a colocar uma identificação electrónica (chip), antes de os animais completarem os seis meses, medida esta que tem de ser solicitada nas juntas de freguesia. Em Abril deste ano, o Governo aprovou ainda um despacho que proíbe a reprodução ou criação de quaisquer cães destas sete raças, incluindo os resultantes dos cruzamentos daquelas raças.