Lula da Silva tem caminho livre para ser solto

Voto de Rosa Weber favorável à prisão apenas após trânsito em julgado, em sessão do Supremo Tribunal Federal, deve fazer o antigo presidente sair da cadeia a breve trecho mas ainda sem poder concorrer a cargos eletivos. Ela era o fiel da balança.
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Lula da Silva tem caminho livre para ser solto depois da juíza Rosa Weber se decidir nesse sentido em sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), a decorrer desde a semana passada em Brasília e com desfecho previsto apenas para dia 6 de novembro.

O voto da magistrada de 61 anos, nomeada pela presidente Dilma Rousseff em 2011, era considerado determinante por ser o mais imprevisível dos 11 do STF - outros cinco membros do tribunal já votaram ou vão votar ainda pela continuidade da prisão após condenação em segunda instância e os cinco restantes concordam, em princípio, com o voto de Weber.

No momento, as contas são ainda contrárias às pretensões de Lula (e de outros 12 detidos na Lava Jato e ainda de mais cerca de 5000 presos noutros casos) porque três juízes votaram pela prisão logo após segunda instância e dois, Weber incluída, votaram contra.

Se o STF se decidir pela execução da pena apenas após o trânsito em julgado - ou seja, após não haver mais lugar a recurso - Lula, condenado para já só na segunda instância no caso do tríplex do Guarujá e com o processo em análise na terceira instância, o Supremo Tribunal de Justiça, pode sair da cadeia a qualquer instante, mal os 11 membros do STF se pronunciem todos.

De qualquer forma, ao abrigo da Lei da Ficha Limpa, que veta candidaturas de condenados em segunda instância, o antigo presidente está vetado de concorrer a cargos eletivos.

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