Loures quer ser em dez anos a terceira maior cidade de Portugal

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Dez anos. Este é o prazo estabelecido pela câmara municipal para tornar Loures a terceira cidade do País. As intervenções delineadas no Plano de Pormenor da Zona Nascente de Loures prevêem que, em termos de Plano Director Municipal (PDM), o perímetro da cidade seja alargado desde a zona do Infantado, num extremo da cidade, até ao outro extremo, num território que pertence à freguesia de Santo António dos Cavaleiros.

«Decidimos alargar o perímetro da cidade porque não é aceitável que a capital do quinto maior concelho de Portugal tenha apenas 14 mil habitantes e não goze de eventos e equipamentos sociais de vulto», afirma ao DN Carlos Teixeira, presidente da autarquia. Com aquela alteração administrativa, Loures vai passar a ter cerca de 60 mil moradores, um número que ascenderá aos 100 mil assim que, dentro de uma década, todos os empreendimentos incluídos no Plano de Pormenor estiverem concluídos. Nessa altura, a cidade passará a ser a terceira maior do país, depois de Lisboa e Porto.

De acordo com o autarca, a Zona Nascente será «a nova centralidade de Loures». Aqui vão concentrar-se as novas urbanizações, como é o caso da Quinta do Conventinho, urbanização do Almirante, já em Santo António dos Cavaleiros, e do Casal do Covão. Para lá do parque habitacional, é nesta área que vão nascer os novos equipamentos. O mercado, o centro cultural e o complexo desportivo vão ter como vizinho o edifício municipal, que vai reunir todos os serviços camarários, hoje dispersos pela cidade.

Fazer de Loures uma alternativa a Lisboa é, de resto, um dos objectivos do plano de expansão. «Queremos ultrapassar Lisboa», afirma o autarca, «queremos ser para a capital aquilo que Vila Nova de Gaia é para o Porto, porque consegue ter uma grande actividade económica e ser independente da grande urbe», completa. Deste modo, a nova cidade será apoiada por uma área industrial e empresarial, situada na zona oriental do concelho. Às empresas sediadas no município e no próprio MARL- Mercado Abastecedor da Região de Lisboa deverão juntar-se outras assim que o Loures Business Park estiver concluído, já no próximo ano. Cenário que leva o edil a acreditar que «a população vai deixar de precisar de Lisboa». «Não queremos ter um Centro Cultural, porque já existe o de Belém, mas vamos ter os nossos próprios atractivos», avança.

Uma década é a meta estabelecida, que, no entanto, «poderá não ser suficiente», como admite o próprio presidente da câmara.

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