Líder republicano no Senado culpa Trump por ataque ao Capitólio

"A multidão foi alimentada com mentiras. Eles foram incentivados pelo Presidente e por outras pessoas poderosas", afirmou Mitch McConnell
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O líder republicano no Senado, Mitch McConnell, reconheceu esta terça-feira que os manifestantes pró-Trump que invadiram o Capitólio, a 6 de janeiro, foram "alimentados por mentiras" do Presidente, para tentar evitar a posse do democrata Joe Biden.

Os comentários são a repreensão pública mais severa de McConnell ao Presidente cessante, na véspera da investidura de Biden e do início do julgamento político de Donald Trump, que foi destituído pela Câmara de Representantes por "incitação à insurreição".

"A multidão foi alimentada com mentiras. Eles foram incentivados pelo Presidente e por outras pessoas poderosas. Eles tentaram usar o medo e a violência para impedir um processo legítimo do primeiro ramo do Governo federal, de que não gostaram", admitiu McConnell, que foi um dos principais apoiantes de Trump ao longo dos últimos quatro anos.

O último dia completo de Trump no cargo, esta terça-feira, é também o primeiro dia de regresso dos senadores desde o ataque ao Capitólio por apoiantes do Presidente, a 6 deste mês.

O líder republicano no Senado, Mitch McConnell, e o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, devem conferenciar ainda esta terça-feira sobre as providências a serem tomadas para o julgamento de destituição do Presidente.

Os senadores republicanos enfrentam a difícil escolha de condenar Trump por incitar à insurreição, naquele que será o primeiro julgamento de 'impeachment' de um Presidente que já não está em funções.

Os senadores vão iniciar igualmente a confirmação dos nomes apontados para o futuro Governo de Joe Biden.

Cinco dos elementos indicados por Biden começarão a responder perante o Senado ainda esta terça-feira e o Presidente eleito já disse que gostaria que os senadores fossem capazes de proceder ao julgamento político de Trump ao mesmo tempo que validam as suas escolhas para o novo executivo.

O 'impeachment' de Trump está a forçar os senadores republicanos a também reavaliar a sua relação com o Presidente cessante, que, se for condenado, não poderá voltar a concorrer à Casa Branca.

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