Lampre muda director e afasta ciclistas sob suspeita

Roberto Damiani, que esteve nos últimos anos na equipa belga Omega Pharma, é o novo director desportivo da Lampre. Ao jornal Gazzetta dello Sport, Damiani admitiu que a equipa atravessa "um momento difícil" mas acredita que conseguirá ajudar a formação a ter sucesso.

Damiani também disse ao diário desportivo que uma das suas primeiras decisões foi não convocar para a Volta à Itália, que arranca no dia 7 de Maio, os vários ciclistas visados pelo inquérito conduzido a partir de Mantova pelo juiz Antonino Condorelli.

São 31 os suspeitos apontados por esta investigação, incluindo 14 ciclistas que estão ou passaram pela Lampre (Ballan, Bandiera, Bindi, Bruseghin, Caucchioli, Cunego, Da Dalto, Gavazzi, Lorenzetto, Manuele e Massimiliano Mori, Ponzi, Santambrogio, Tomei), e ainda o italiano Daniele Pietropolli e o dinamarquês Michael Rasmussen, corredor que foi expulso da Volta à França de 2007 por ter mentir sobre a sua localização e por ter falhado vários controlos fora de competição.

De acordo com a Gazzetta dello Sport, os investigadores terão encontrado provas de dopagem organizada, na qual um farmacêutico dos arredores de Mantova, Guido Nigrelli, fornecia todo o tipo de dopantes aos ciclistas: hormonas de crescimento, eritropoietina, anabolizantes, etc. Entre os visados destacam-se Alessandro Ballan, campeão do mundo de 2008 e actualmente na BMC, que é suspeito de se ter submetido a transfusões sanguíneas, Damiano Cunego, vencedor do Giro 2004, e Maurizio Bruseghin, terceiro do Giro 2008 que compete pela formação espanhola Movistar.

Segundo a AFP, a Lampre vai apresentar-se com uma equipa formada pelos italianos Michele Scarponi, Alessandro Petacchi, Diego Ulissi, Marco Marzano e Daniele Righi, o alemão Danilo Hondo, o eslovaco Simon Spilak e o polaco Przemyslaw Niemec.