Kesha forçada a gravar disco com o seu alegado violador

A artista acusou o seu produtor de abusos sexuais, mas o contrato discográfico não lhe permite gravar com mais ninguém
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No ano passado, Kesha apresentou queixa contra o seu produtor, Lukasz Sebastián Gottwald, conhecido como Dr. Luke, por alegados abusos sexuais, físicos e verbais cometidos durante cerca de dez anos.

Agora que pretende voltar ao estúdio, a cantora pediu à Sony, com quem tem contrato, para gravar o seu próximo álbum com outro produtor. No entanto, do seu contrato com a editora discográfica faz parte uma cláusula de exclusividade com Dr. Luke, o que significa que a carreira de Kesha pode estar "efetivamente acabada". Segundo fontes do site The Hollywood Reporter, a intérprete de Tik Tok pediu a rescisão do contrato, mas a Sony não aprovou.

Nos respetivos documentos judiciais, obtidos pela imprensa norte-americana, o seu advogado escreve: "A Kesha enfrenta agora uma decisão abismal: trabalhar com o seu alegado abusador... ou aguardar passivamente enquanto a sua carreira vai por água abaixo. A janela de oportunidades da Kesha está quase fechada. Ela não tem gravado música, feito digressões ou vendido qualquer tipo de produtos no último ano - uma eternidade nesta indústria. Se a Kesha não tem permissão para voltar a trabalhar imediatamente com o apoio de uma grande editora, a sua janela vai fechar-se de vez".

Na queixa apresentada em 2014, Kesha conta que o produtor a forçou a consumir drogas e álcool para poder aproveitar-se sexualmente dela. Numa das ocasiões, chegou mesmo a acordar "nua" na cama dele, "sem capacidade para recordar" como ali fora parar. Segundo ela, Dr. Luke ameaçou ainda destruí-la a si e à sua família se alguma vez falasse sobre os alegados abusos.

O caso está a ser investigado e ainda não há data prevista para a resolução judicial.

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