Jorge Costa termina carreira para se dedicar à família

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O apelo da família precipitou a decisão do ex-capitão do FC Porto, Jorge Costa, que anunciou ontem, em Matosinhos, o final da sua longa carreira de futebolista. No entanto, Jorge Costa garante que continuará ligado ao futebol, preparando-se para iniciar um curso de treinador e não rejeita a possibilidade de se dedicar ao dirigismo desportivo, perspectivando a hipótese de suceder a Pinto da Costa na presidência do FC Porto.

Com uma carreira recheada de êxitos, Jorge Costa recordou igualmente alguns momentos menos agradáveis. Não ter terminado a carreira nos portistas, já que se encontrava a representar os belgas do Standard Liége, e o degredo forçado nos ingleses do Charlton, devido ao incidente da braçadeira com Octávio Machado, são algumas das mágoas.

Justificando a sua decisão com a necessidade de apoiar a família, ja que pela primeira vez se sente marido e pai a 100 %, com um terceiro filho a caminho, Jorge Costa considerou que a sua retirada dos relvados "não foi uma decisão fácil, nem tomada da noite para o dia".

Preparando-se para iniciar um curso de treinador de segundo nível, o ex-defesa central está determinado em encontrar um novo rumo: "Vou aprender e evoluir, para um dia mais tarde, quem sabe, voltar ao futebol, e porque não ao FC Porto."

José Mourinho e Carlos Queiroz são alguns dos treinadores que mais o marcaram, sendo referências para o futuro, que também poderá passar pelo dirigismo, já que não enjeita a hipótese de um dia suceder a Pinto da Costa. "Neste momento não, seria prematuro estar a falar disso, mas um dia mais tarde, quem sabe. Ao lado de Vítor Baia, por exemplo", referiu o ex-futebolista, de 35 anos, que esteve 20 no FC Porto de "alma e coração".

A estreia pelo FC Porto e as várias conquistas europeias constituem os momentos mais marcantes da sua carreira, recordando com saudade as "duplas" que fez com Fernando Couto, Jorge Andrade e Aloísio.

O brasileiro Romário e o francês Thierry Henry são alguns dos adversários que destaca dos "duelos" em campo, mas muitos outros fazem parte do seu longo historial, recheado com mais de uma vintena de títulos.

Jorge Costa aflorou novamente a saída do FC Porto para o Standard Liége, recordando que não se estava a sentir feliz e que, sem qualquer problema com Pinto da Costa, não pretendia terminar a carreira no clube "por favor". "Sentia-me uma pessoa a mais dentro do grupo", recordou, frisando que depois de desempenhar o papel de líder do balneário durante anos se viu relegado para uma posição de segundo plano.

Jorge Costa, que se afirma de "consciência tranquila", assegura que "se tivesse que voltar atrás teria feito tudo na mesma" e formulou votos de sucesso para o FC Porto, que será sempre "o clube do coração".

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