Os salários em atraso entre os clubes do futebol português começam a ganhar contornos dramáticos. A mais recente "vítima" é o sérvio Milos Obradovic, que rescindiu o contrato que o ligava à União de Leiria, depois de ter ficado sem meio de sustento em Portugal.."Recebemos muitas promessas, mas a verdade é que tudo continua na mesma. A minha situação ficou insustentável, fiquei sem dinheiro para comer e tive de mandar a minha esposa e o meu filho para a Sérvia", revelou o futebolista, em declarações ao sítio do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF)..Atualmente desempregado, o atleta de 25 anos, que chegou à cidade do Lis na época passada, não tem o seu futuro definido. "Agora vou esperar e ver o que acontece. Posso regressar ao meu país mas também não excluo a possibilidade de continuar em Portugal", admitiu. .Sobre os salários em atraso em Portugal, onde há futebolistas que não recebem qualquer verba há quatro meses, o presidente do Sindicato, Joaquim Evangelista, lembrou que a "credibilidade do futebol português" fica posta em causa perante esta situação.."Existe concorrência desleal e o respeito integral pela verdade desportiva é posto em causa quando uns cumprem e outros não. É fundamental encontrar uma solução para este problema", apelou.